Pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong criaram um dispositivo que imita a estrutura do olho humano. Também é sensível à luz e, ao mesmo tempo, tem uma reação maior do que um globo ocular real. No futuro, pode ser usado para restaurar a visão de pessoas cegas e na produção de robôs humanóides.
A parte mais importante do olho artificial é a membrana de alumina, que é revestida com pequenos sensores de um mineral fotossensível chamado perovskita. Desempenha a mesma função que a retina do olho humano, coberta por células sensíveis à luz. A membrana está localizada na parte de trás do órgão artificial da visão e recebe luz que passa através da lente na frente do olho.
Da retina artificial, existem fios com uma espessura de 20 a 100 micrômetros, que enviam informações dos sensores para o computador – assim como as células sensíveis à luz enviam dados ao cérebro. Enquanto o olho humano responde à luz em 40-150 milissegundos, o equivalente artificial responde a alterações em 30-40 milissegundos. Além disso, o olho criado pelos engenheiros chineses vê o mundo em maior resolução, porque existem 460 milhões de sensores de luz por centímetro quadrado em sua retina. A retina real possui apenas 10 milhões de células fotossensíveis por centímetro quadrado.
O olho artificial é pior do que o presente apenas em termos de ângulo de visão – enquanto o olho humano observa 150 graus, o novo dispositivo vê apenas 100 graus. No entanto, isso é melhor do que o desempenho dos sensores de imagem plana.
Pessoas com olhos artificiais podem ser chamadas com segurança de cyborgs. Espera-se que, em um futuro distante, os híbridos humanos e de máquinas possam entrar no espaço sem medo de radiação e outros fatores perigosos. Até cientistas russos pensaram nesse futuro em 2016 – as pesquisas nessa direção foram incluídas na lista de trabalhos de Roscosmos e da Agência Federal de Organizações Científicas (FANO).
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