As autoridades americanas estão fazendo o possível para reduzir sua dependência da Ásia no campo tecnológico. O recurso publicado pelo Wall Street Journal no domingo, citando fontes bem informadas das negociações em andamento entre o governo presidencial Donald Trump e a Intel e a TSMC sobre a construção de fábricas de chips nos Estados Unidos.
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Fontes afirmam que o TSMC está conversando com o Departamento de Comércio e Defesa dos EUA e um de seus maiores clientes, a Apple.
Além disso, algumas autoridades do governo estão pensando em ajudar a Samsung Electronics Co, da Coréia do Sul, uma fábrica de microchips austríaca do Texas, a expandir suas operações de fabricação por contrato nos Estados Unidos.
Até o momento, não há detalhes sobre quais privilégios e incentivos as autoridades americanas estão prontas para oferecer às empresas de semicondutores, a fim de interessá-las na instalação de instalações de produção no país.
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O objetivo do governo dos EUA é simples: proteger sua avançada tecnologia de fabricação de chips contra falhas. Por exemplo, os Estados Unidos dependem fortemente de Taiwan, onde o TSMC se baseia, em hardware, e qualquer conflito ou desastre natural na ilha pode prejudicar o setor de tecnologia dos EUA. Além disso, a produção de chips no país aumentará a segurança de projetos militares, reduzindo o potencial de espionagem.
Note-se que as empresas lançaram produção na Ásia, em parte devido à sua proximidade com fornecedores de componentes e matérias-primas. A Intel e a TSMC podem muito bem construir fábricas nos Estados Unidos, mas ainda dependerão até certo ponto das importações. E eles terão que procurar alternativas (se possível) caso as fontes tradicionais de suprimento não estejam mais disponíveis. No entanto, isso seria uma vitória para os Estados Unidos se fosse possível continuar produzindo processadores e microchips, mesmo em caso de problemas no exterior.
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