Na última segunda-feira, a Suprema Corte dos Estados Unidos não acatou a petição da Alphabet para considerar os argumentos da holding em favor de indeferir a alegação de acionistas que diziam que o Google escondia informações sobre a vulnerabilidade da agora fechada rede social Google+. Devido a essa vulnerabilidade, alegam os queixosos, terceiros podem acessar os dados pessoais de quase 500.000 titulares de contas.

Fonte da imagem: mohamed hassan / pixabay.com

Em uma ação movida em 2018, a gigante das buscas foi acusada de fraudar investidores – a empresa não divulgou detalhes sobre um erro na API da rede social Google+, atualmente fechada. De acordo com os demandantes, 438 aplicativos de terceiros conseguiram explorar uma vulnerabilidade da API para baixar informações pessoais dos usuários, incluindo seus endereços de e-mail, sexo e idade. A vulnerabilidade supostamente afetou 500.000 usuários do serviço, embora nenhum vazamento de dados real tenha sido registrado.

O Google eliminou a vulnerabilidade sem torná-la pública, mas o Wall Street Journal fez isso em vez da própria empresa, e seus próprios acionistas processaram a Alphabet, do Google. Posteriormente, outros investidores, como o Rhode Island State Pension Fund, ingressaram na ação – chegou a alegações de fraude de valores mobiliários.

Em 2020, os advogados da Alphabet conseguiram convencer o juiz distrital de São Francisco, Jeffrey White, a arquivar o caso: de acordo com seus argumentos, não houve divulgação de dados pessoais, o que significa que a empresa não foi obrigada a tornar o incidente público. No entanto, os autores não desistiram, conseguiram a anulação da decisão no Tribunal de Recurso e, em 2021, o processo foi reaberto. Tentando encerrá-lo novamente, a Alphabet quis levar seus argumentos ao Supremo, onde, no entanto, decidiu não aceitar o caso para audiência, o que significa que o julgamento continuará.

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