Em meados de janeiro, o governo do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, colocou na lista negra várias empresas chinesas, incluindo a Xiaomi. Eles foram acusados de ter laços muito fortes com os militares chineses e com o governo comunista do país.
De acordo com o confiável Wall Street Journal, Xiaomi foi colocada na lista negra, entre outras coisas, porque seu fundador Lei Jun recebeu o prêmio Construtor Destaque do Socialismo Chinês. Em resposta à lista negra da empresa, ela emitiu uma declaração pública afirmando que a Xiaomi não é afiliada ao governo ou às forças armadas chinesas. A empresa enfatizou que continua a cumprir todos os protocolos legais em suas operações comerciais e que o governo dos Estados Unidos não tem evidências de qualquer irregularidade de sua parte.
No entanto, o lado americano tem motivos para acreditar que o complexo militar-industrial chinês depende de empresas privadas. As preocupações dos EUA foram levantadas pelo fato de Lei Jun ter recebido um alto prêmio do governo depois que a Xiaomi anunciou futuros investimentos significativos em pesquisa e desenvolvimento nas áreas de 5G e inteligência artificial. É importante notar que os militares chineses têm prestado atenção especial a esses dois setores nos últimos anos. De acordo com o Wall Street Journal, foi precisamente esse conjunto suspeito de circunstâncias que fez com que Xiaomi fosse incluída na lista negra do governo Trump.
A Xiaomi disse que usará todos os meios legais para recuperar os danos causados por sua lista negra injusta pelo governo dos EUA. Observe que, como resultado disso, o valor das ações da empresa caiu sensivelmente. Xiaomi já entrou com um processo contestando a lista negra, mas é muito cedo para julgar o resultado do caso.