A famosa exchange de criptomoedas Coinbase Global Inc., que recentemente manteve um relacionamento tenso com os reguladores dos EUA, está considerando os Emirados Árabes Unidos como um possível futuro centro da Eurásia que pode atender a muitos países do mundo. De acordo com a administração da bolsa, os Emirados Árabes Unidos estão em uma posição ideal para atender os mercados do Oriente Médio, Ásia e África, além de outras regiões.
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Segundo o chefe da Coinbase, Brian Armstrong, que falou no Dubai FinTech Summit 2023, os Emirados Árabes Unidos já são líderes regionais na circulação de criptoativos e podem de fato se tornar um hub internacional nesse segmento – a região serve como “ ponte estratégica” entre a Ásia e a Europa. Anteriormente, Armstrong afirmou que sua empresa não pretende sair do mercado americano, e o plano da SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) de tomar medidas restritivas contra a exchange cripto é uma oportunidade para “introduzir segurança jurídica”.
Armstrong falou regularmente sobre a falta de tal certeza na estrutura regulatória e na prática de aplicação da lei dos Estados Unidos e não descartou a mudança do país no contexto da escalada da retórica das partes. No entanto, hoje ele disse que a Coinbase não pretende sair dos EUA, pois os Estados Unidos são um mercado importante para a empresa. Ao mesmo tempo, o chefe da Coinbase enfatiza que as autoridades dos Emirados Árabes Unidos estão à frente dos Estados Unidos nessa área e sua abordagem é mais previdente.
A Coinbase já vivenciou uma desaceleração do mercado e dificuldades de relacionamento com os reguladores americanos, a empresa teve que cortar seu quadro de funcionários em 20% em janeiro, e em março recebeu uma advertência da SEC, com ameaça de litígio para diversas atividades.
Uma onda de investigações relacionadas à circulação de criptomoedas nos Estados Unidos estimula as empresas a ficarem atentas aos centros financeiros fora do país – nos Emirados Árabes Unidos, Cingapura e Hong Kong. De acordo com a Bloomberg, a Coinbase registrou recentemente uma bolsa internacional de derivativos com licença nas Bermudas.