Seguindo uma decisão judicial que afirma que as organizações australianas são responsáveis pelo conteúdo postado em suas páginas de mídia social, a CNN da Warner Media proibiu completamente os australianos de acessar sua página inicial do Facebook, a página da CNN International e contas individuais de programas.
Wsj.com
A CNN foi supostamente a primeira grande empresa de mídia dos Estados Unidos a restringir oficialmente o acesso dos australianos às suas páginas no Facebook. Recentemente, foi emitida uma decisão judicial, segundo a qual os recursos noticiosos são responsáveis pelos comentários postados em suas páginas, uma vez que são formalmente considerados os “editores” desses conteúdos.
Após a decisão do tribunal, a CNN pediu ao Facebook para desativar os comentários para a Austrália para evitar riscos potenciais de processo, mas a rede social se recusou a desativar todos os comentários e, de acordo com fontes do Wall Street Journal, em vez disso ofereceu a capacidade de excluir comentários nas postagens um de uma vez.
Por fim, a CNN decidiu que demoraria muito e optou simplesmente por restringir o acesso às suas páginas no país. “Estamos desapontados que o Facebook não conseguiu convencer a plataforma como um lugar para jornalismo confiável e diálogo produtivo sobre assuntos atuais entre seus usuários”, disse uma porta-voz da CNN.
Em sua própria declaração, o Facebook afirma apoiar a reforma das leis de difamação da Austrália e esclareceu que forneceu à CNN ferramentas para gerenciar comentários. “Continuamos a fornecer destinos australianos para jornalismo de qualidade, incluindo o Facebook News, que lançamos em agosto”, disse a empresa.
De acordo com o Wall Street Journal, apenas uma pequena proporção da audiência da CNN está na Austrália. Menos de 2 milhões dos 166 milhões de visitantes únicos da CNN estão no país, de acordo com a consultoria Comscore. O site principal da empresa ainda está disponível na Austrália, embora as contas do Facebook que promovem os principais serviços não possam ser visitadas por usuários locais.