Um novo estudo de estrelas variáveis ​​pulsantes tornou possível refinar os limites da nossa galáxia, a Via Láctea. Eles acabaram por estar várias dezenas de milhares de anos-luz mais distantes do centro da galáxia do que os cálculos teóricos davam. Assim, de fato, já estamos entrando em contato com a galáxia vizinha de Andrômeda. Quase não há espaço livre entre as galáxias.

Fonte da imagem: NASA, ESA E A. FEILD (STSCI)

A detecção de mais de 200 estrelas do tipo variável RR Lyra ao longo da borda dos limites tornou possível refinar os limites externos da Via Láctea. Em virtude de suas propriedades, as estrelas variáveis ​​do tipo RR Lyrae permitem determinar com precisão as distâncias a elas. Na verdade, trata-se de balizas locais, cujas características são muito semelhantes e permitem estimar com precisão o alcance. Isso é exatamente o que um grupo de astrônomos da Universidade da Califórnia em Santa Cruz estava fazendo no novo trabalho.

De acordo com os cálculos, do centro da Via Láctea até sua borda há um milhão de anos-luz. Não podemos medir com precisão os limites externos da nuvem de gás em torno de nossa galáxia – o chamado halo – por dentro, pois este é um gás altamente rarefeito. Restava, portanto, contar com cálculos teóricos baseados em medições indiretas. No novo trabalho, os cientistas mediram as distâncias de até 208 estrelas variáveis ​​descobertas na borda de nossa galáxia. Uma dessas estrelas, por exemplo, acabou a meio caminho entre a Via Láctea e Andrômeda, de onde nos dirigimos para um acidente de proporções cósmicas.

«Este estudo redefine o que constitui a borda externa da nossa galáxia”, disse um dos autores do trabalho. “Nossa galáxia e Andrômeda são tão grandes que quase não há espaço entre elas.”

De acordo com as medições, descobriu-se que a borda externa da Via Láctea está 40 mil anos-luz além do previsto pelos cálculos teóricos. Em futuras reivindicações territoriais contra os habitantes de Andrômeda, isso deve desempenhar um papel importante. Sério, os cientistas apoiaram a teoria com observações, o que dará aos astrônomos outra ferramenta para avaliar com precisão os fenômenos astronômicos no universo, e nunca há ferramentas demais.

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