Um dos maiores fabricantes de discos rígidos, a Seagate Technology, anunciou planos para cortar aproximadamente 8% de sua força de trabalho em todo o mundo. Cerca de 3.000 funcionários serão demitidos. O motivo é a incerteza econômica e uma diminuição na demanda por dispositivos da Seagate.
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«Além de ajustar os volumes de produção para garantir disciplina de fornecimento e estabilidade de preços, estamos implementando um plano de reestruturação para reduzir custos de forma sustentável, incluindo a redução de nossa força de trabalho global”, disse o CEO da Seagate, Dave Mosley, durante uma reunião com analistas.
A Seagate disse que seu plano de reestruturação, que inclui demissões, economizará cerca de US$ 110 milhões por ano e será concluído até o final de março. A reestruturação proposta foi anunciada depois que a Seagate divulgou os lucros do primeiro trimestre fiscal de 2023 que ficaram aquém das expectativas dos investidores de receita e lucro por ação. Na sequência as ações da empresa caíram mais de 7%, e para o ano em curso a queda foi superior a 55%.
Mosley acrescentou que os clientes da Seagate, incluindo provedores de serviços em nuvem, estão estocando dispositivos de armazenamento porque a demanda por sistemas caiu. Ele disse que não espera que os clientes da Seagate fiquem sem estoque de unidades acumuladas neste trimestre. A Seagate fabrica discos rígidos, unidades de estado sólido e outros componentes usados em PCs e servidores. Os cortes de pessoal da Seagate são outro sinal de que a demanda por PCs e servidores está diminuindo após dois anos de boom causado pela pandemia de coronavírus.
Na quarta-feira, a Seagate divulgou lucro trimestral ajustado de 48 centavos por ação, bem abaixo da orientação da FactSet de 71 centavos por ação. A receita da Seagate foi de US$ 2,04 bilhões, também um pouco abaixo da previsão de US$ 2,1 bilhões. A Seagate disse que espera US$ 1,85 bilhão em receita para o trimestre atual, abaixo das expectativas do mercado.