A Autoridade de Mercados e Concorrência do Reino Unido (CMA) aprovou oficialmente a esperada fusão das operadoras de satélite Viasat e Inmarsat. O negócio está avaliado em US$ 7,3 bilhões.A americana Viasat e a britânica Inmarsat agora oferecem uma variedade de serviços via satélite – de telefonia a Wi-Fi em voos comerciais.

A notícia chega dois meses depois que a CMA disse que era improvável que aprovasse o acordo e cerca de 16 meses depois que a fusão foi anunciada pela primeira vez pelas empresas. Inicialmente, o regulador britânico considerou que tal agrupamento de ativos levaria à redução da concorrência e ao aumento do custo do Wi-Fi para os passageiros das aeronaves. Agora a CMA concluiu que com a entrada de novos concorrentes no mercado, o problema se torna menos relevante. Em particular, a Starlink já lançou milhares de satélites em órbita e assinou acordos para fornecer Internet com várias companhias aéreas e até operadoras móveis como a T-Mobile.

Segundo a CMA, o setor de comunicações via satélite está se desenvolvendo rapidamente, novos negócios estão entrando no mercado, mais satélites estão sendo lançados no espaço, mais negócios estão sendo feitos. Todas as indicações são de que o setor continuará a crescer, e um exame mais detalhado dos termos do acordo sugere que as companhias aéreas e os clientes do Reino Unido continuarão a aproveitar os benefícios da cooperação ativa entre diferentes empresas. Vale lembrar que o governo britânico, por sua vez, já aprovou o acordo, avaliando-o do ponto de vista de ameaças à segurança nacional, e não encontrou riscos.

No entanto, tais riscos foram vistos na União Européia. Em fevereiro, a Comissão Européia disse que havia iniciado uma investigação detalhada sobre a fusão, dizendo na época que o acordo permitiria à Viasat “… reduzir a concorrência no mercado de banda larga para viagens aéreas”. Portanto, embora as últimas notícias sejam animadoras para a Viasat e a Inmarsat, as empresas ainda precisam lutar para obter a aprovação de todos os reguladores significativos.

O forte concorrente de ambas as empresas é principalmente o serviço Starlink, que faz parte da SpaceX. A Viasat já tentou processar nos Estados Unidos, exigindo a proibição do lançamento de novos satélites sob o pretexto de ameaça ambiental, mas não obteve sucesso.

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