O ano passado no mercado de memórias foi caracterizado por preços tão baixos que a Samsung Electronics teve que cair para o quarto lugar no ranking dos líderes do mercado de componentes semicondutores em termos de receita, atrás não só da TSMC e da Intel, mas também da Nvidia. A gigante coreana pretende recuperar o primeiro lugar deste ranking dentro de dois ou três anos, segundo a administração da Samsung.
A afirmação, segundo a Business Korea, foi feita na assembleia anual de acionistas da empresa. Lembremos que anteriormente a Intel e a Samsung competiam pelo título de maior fornecedor de componentes semicondutores em termos de receita com alguma frequência, mas nos últimos anos tiveram rivais dignos na forma de TSMC e Nvidia, ambos até certo ponto aumentaram as suas receitas precisamente graças à pandemia e ao atual boom dos sistemas de inteligência artificial. Se a Samsung obteve receitas de US$ 45,9 bilhões no ano passado, a TSMC se tornou a líder com US$ 66,8 bilhões, e o terceiro lugar foi para a Nvidia com sua receita de US$ 49,5 bilhões.
Este ano, a Samsung pretende restaurar a “competitividade fundamental” do seu negócio de semicondutores e resolver as fraquezas operacionais que foram exacerbadas pela recessão da indústria do ano passado. Vale ressaltar que a Samsung apresentará seu próprio acelerador de computação Mach 1 no início do próximo ano, e será comparável em desempenho ao Nvidia H100. A Samsung planeia investir 15 mil milhões de dólares no desenvolvimento do seu centro de investigação em Yongin até 2030, duplicando os recursos envolvidos no desenvolvimento de semicondutores. Além da 6ª geração de DRAM de 10 nm e da nona geração de memória V-NAND, a empresa vai trazer ao mercado a sexta geração de HBM (HBM4). A tecnologia 3nm será usada para produzir processadores móveis de codinome Exynos 2500. Serão criados chips avançados para o segmento automotivo e transmissão de dados via canais wireless.
Como já foi observado, este ano a Samsung vai ganhar pelo menos US$ 100 milhões com o fornecimento de serviços de embalagem de chips usando layout 2,5D. A eletrônica de potência será reabastecida com soluções baseadas em carboneto de silício e nitreto de gálio e, até 2027, a Samsung espera começar a produzir telas micro-LED para dispositivos de realidade aumentada e virtual. Tudo isso permitirá que a Samsung se torne o maior fornecedor de componentes semicondutores em termos de receita nos próximos dois ou três anos, como está confiante a administração da empresa.