O Telescópio Espacial Hubble da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA) continua a fornecer imagens impressionantes de objetos. Desta vez ele voltou a sua atenção para a galáxia NGC 612, que é 1,1 biliões de vezes mais massiva que o nosso Sol.

Fonte da imagem: NASA/ESA, A. Barth (Universidade da Califórnia), B. Boizelle (Universidade Brigham Young), Gladys Kober (NASA/Universidade Católica da América)

Apesar do seu tamanho impressionante, a NGC 612 não é tão grande como a nossa galáxia, a Via Láctea, que tem uma massa cerca de 1,5 biliões de vezes a massa do Sol. Ao mesmo tempo, a estrela tinha 333 mil vezes mais massa que a Terra. A galáxia observada pelo telescópio se enquadra em várias classificações.

Talvez o mais interessante seja que está ativo, ou seja, contém um buraco negro supermassivo que alimenta a região central, criando assim um coração galáctico incrivelmente energético. Este coração emite jatos de gás a velocidades próximas à velocidade da luz. Como resultado de todos estes processos, a parte central da NGC 612 tornou-se tão brilhante que ofusca até mesmo o brilho total das estrelas dentro da galáxia.

A imagem do Hubble mostra claramente o chamado “protuberância central”, bem como áreas laranja e vermelho escuro representando o “disco galáctico” onde ocorre a formação de estrelas. O bojo na parte central, a presença de um disco galáctico e a ausência de braços espirais indicam que se trata de uma galáxia lenticular. Segundo os cientistas, NGC 612 também é uma galáxia Seyfert, ou seja, emite uma grande quantidade de radiação infravermelha, apesar de poder ser vista na faixa visível. Além disso, NGC 612 pode ser classificada como um tipo extremamente raro de galáxia não elíptica com emissão de rádio. Até o momento, os astrônomos descobriram apenas cinco galáxias lenticulares emissoras de rádio como esta.

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