Como resultado das atividades de hackers e golpistas em 2022, os proprietários de criptomoedas perderam ativos totalizando US$ 11,5 bilhões, descobriram os analistas do TRM Labs. Apesar do colapso nas cotações das criptomoedas, o volume de crimes relacionados em dólares não mudou muito desde 2021. Bitcoin está sendo usado cada vez menos por cibercriminosos.
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Pelo menos US$ 7,8 bilhões em criptomoedas em 2022 foram investidos em esquemas de pirâmide e US$ 3,7 bilhões foram roubados. O valor gasto com substâncias ilícitas na darknet foi de US$ 1,5 bilhão, cerca de US$ 2 bilhões foram roubados em decorrência de ataques a pontes inter-redes – serviços que oferecem a transferência de fundos de uma blockchain para outra. Os cibercriminosos estão cada vez mais escolhendo esse padrão de ataque para dificultar o rastreamento da movimentação de ativos.
Entre hackers e golpistas, a popularidade do bitcoin diminuiu significativamente: se em 2016 a maior criptomoeda representou dois terços dos roubos, em 2022 o bitcoin assumiu apenas 3% dessa atividade. As blockchains Ethereum (68%) e Binance Smart Chain (19%) tornaram-se mais populares entre os cibercriminosos.
O Bitcoin também está perdendo relevância em outro esquema criminoso: em 2016, era a única criptomoeda usada para financiar o terrorismo. E em 2022, o blockchain TRON é usado para esse fim – a parcela de ativos construída nessa rede chegou a 92%. A popularidade da rede se deve às baixas taxas – pelo mesmo motivo, a maior parte do faturamento da stablecoin USDT ocorre aqui.
Em maio de 2023, os cibercriminosos roubaram US$ 71 milhões em criptomoedas. E em junho, ocorreu o maior hack deste ano – mais de US $ 100 milhões foram roubados dos usuários da carteira criptográfica Atomic Wallet.