A gigante chinesa Huawei Technologies sofre pressão ativa de sanções dos Estados Unidos e seus aliados desde 2019, mas só agora a empresa enfrentou uma queda consistente no lucro anual, como explica a Bloomberg. O lucro líquido da Huawei em 2022 caiu 70%, para US$ 5,2 bilhões, pela primeira vez em mais de uma década.

Claro, a venda forçada do negócio relacionado à produção de smartphones da marca Honor, que formou um valor de lucro inflado no ano passado, influenciou a base de comparação. Cerca de um quarto da receita do ano passado, que chegou a US$ 93,5 bilhões, a empresa direcionou para pesquisa e desenvolvimento. Estes últimos tornaram-se fundamentais para os negócios da gigante chinesa numa altura em que as sanções ocidentais cortaram a entrada da empresa no mercado de dispositivos móveis e equipamentos para redes de comunicação. Essa proporção de gastos com P&D é uma das mais altas do setor.

Eric Xu, o presidente substituto do conselho de administração da Huawei Technologies, comparou o período atual de desenvolvimento de negócios da empresa com o que está acontecendo na natureza: “Depois de fortes geadas de inverno, as flores de ameixeira se transformam em frutas mais doces. Agora a Huawei lembra flores de ameixa.” Em abril, Xu terá que renunciar por seis meses como filha do fundador e diretor financeiro da Huawei, Meng Wanzhou, que foi atingido pessoalmente pelas sanções depois de passar quase três anos em prisão domiciliar no Canadá. Seu pai, Ren Zhengfei, completará 79 anos em outubro e ainda não decidiu sobre um sucessor que possa liderar o negócio que ele criou em tempo integral.

É certo que no ano passado a Huawei conseguiu aumentar ligeiramente a sua receita com a venda de equipamentos para redes de comunicação para 41 mil milhões de dólares. As operadoras de telecomunicações chinesas conseguiram adicionar quase 900.000 estações base em redes 5G no ano passado, e a Huawei era previsivelmente o fornecedor da maior parte desses equipamentos. Agora a gigante chinesa aposta na automação industrial e nas comunicações, bem como na cooperação com as montadoras que precisam desenvolver a componente digital da infraestrutura de transporte. Em parte, para reabastecer o orçamento da Huawei, permite royalties de outros fabricantes de smartphones.

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