A empresa japonesa Sony há muito tempo decidiu se tornar o rei do mercado de sensores de imagem. Em 2010, para esses fins, ela comprou da Toshiba uma de suas fábricas na província de Nagasaki, que produzia processadores Cell para o PlayStation 3, e o redesenhou para a produção de sensores CMOS. Ao contrário de alguns empreendimentos anteriores, como o padrão Betacam ou o formato ATRAC para compactar som, a aposta nos sensores CMOS valeu a pena. Até o momento, a Sony possui cerca de 50% do mercado de sensores de imagem, e novos investimentos, que discutiremos a seguir, prometem em dois anos elevar a participação desse fabricante japonês nessa direção para 60%, ou talvez até mais.
Segundo o site Nikkei, a Sony planeja começar a construir uma nova fábrica para a produção de sensores de imagem no novo ano fiscal em Nagasaki. Para esses fins, 100 bilhões de ienes (US $ 918 milhões) foram incluídos no orçamento de investimentos para 2020. A empresa deve ganhar um ano depois – a partir de abril de 2021 ou um pouco mais tarde. O comissionamento da nova planta também permitirá que a empresa aumente a receita das atividades da divisão de semicondutores para pelo menos 20% da receita total da Sony (agora com a venda de semicondutores, que incluem sensores CMOS, a empresa recebe cerca de 16% da receita total).
Atualmente, como afirmado acima, a Sony detém cerca de metade do mercado global de sensores CMOS. O concorrente mais próximo da Sony é a Samsung, que possui cerca de 20% desse mercado. Se a Sony não interferir com os chineses, poderá realizar seu plano. E os sensores de imagem precisam de mais e mais a cada dia, não como um ano. Parece que em breve até ferros e bules adquirem “olhos” de silicone. Era isso que sonhávamos?
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