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Os cientistas criaram um banheiro “inteligente” que pode diagnosticar doenças


Pesquisadores da Universidade de Stanford desenvolveram um sistema de banheiro inteligente que pode monitorar e diagnosticar com precisão várias doenças. O dispositivo está equipado com um conjunto de vários sensores, três câmeras, um sistema abrangente de análise médica e até uma função de identificação do usuário, escreve a revista Nature Biomedical Engineering.

Estruturalmente, tudo isso parece uma unidade separada que pode ser integrada a qualquer banheiro padrão.
O principal autor do desenvolvimento é o chefe do Departamento de Radiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, Professor Sanjiv Gambhir. A idéia de um banheiro “inteligente” o visitou pela primeira vez há 15 anos, mas a proposta não foi levada a sério.
“Quando falei sobre minha ideia, embora as pessoas estivessem interessadas nos detalhes, elas riram”, explica o professor Gambir.
No entanto, depois de 15 anos, o cientista percebeu sua ideia.
Usando as ferramentas disponíveis, o sistema pode analisar a urina e as fezes. Um banheiro inteligente é capaz de determinar o conteúdo de sangue na urina, analisar o número de leucócitos, o nível de proteínas, glicose e muitos outros biomarcadores, além de identificar os primeiros sinais de certos tipos de câncer (colorretal ou urológico), insuficiência renal e outras doenças.

O banheiro “inteligente” enviará automaticamente os dados coletados para uma nuvem segura, cujo acesso estará disponível apenas para o médico assistente, e relatará os resultados das análises por meio de um aplicativo móvel.

Quanto ao sistema de identificação do usuário, ele foi originalmente planejado pela impressão digital de uma pessoa no botão de drenagem. Mas os desenvolvedores do banheiro inteligente chegaram à conclusão de que essa abordagem não funcionará. O banheiro pode estar equipado com um sistema de descarga automática e, em diferentes circunstâncias, outra pessoa pode dar descarga.
Como resultado, outro método de verificação do usuário foi escolhido. O sistema varre o ânus e, assim, identifica a pessoa. “Entendemos o quão estranho isso pode parecer, mas essa abordagem funciona devido à singularidade da impressão digital no scanner”, diz o professor Gambir.
A eficácia do banheiro “inteligente”, os cientistas testaram em 21 voluntários. Além disso, os pesquisadores entrevistaram 300 pessoas, decidindo descobrir quantas concordariam em usar esse sistema em casa. 52% dos entrevistados disseram gostar da ideia.
Os desenvolvedores do banheiro “inteligente” observam que seu dispositivo permite o monitoramento constante do estado de saúde sem visitas frequentes ao médico. Mas, para obter a máxima eficácia, os pacientes devem usar este dispositivo regularmente.
Atualmente, os criadores do banheiro “inteligente” estão melhorando as funções de avaliação molecular para amostras de fezes. Além disso, eles planejam desenvolver sensores personalizados para pessoas com certas doenças.
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