Em 2017, Tim Cook e Sundar Pichai, executivos da Apple e do Google, foram fotografados em um jantar no prestigiado restaurante vietnamita Tamarine em Palo Alto, EUA. O instantâneo de seu jantar juntos despertou grande interesse na imprensa, mas quase ninguém sabia que suas empresas, naquele momento, estavam discutindo um dos negócios mais lucrativos da história do setor de TI.
De acordo com o The New York Times, as empresas estavam em negociações tensas na época para reabrir um dos negócios mais lucrativos: um acordo para incluir o mecanismo de busca Google como opção pré-instalada em iPhones e outros aparelhos da Apple, além de serviços que incluem Siri. … De acordo com o recurso, como parte do acordo atualizado, o Google paga à Apple anualmente de até 2 bilhões. Esse é o maior pagamento que o Google faz a qualquer pessoa e representa de 14 a 21% dos lucros anuais da Apple. Antes disso, em 2014, o Google pagou à Apple bilhões por ano.
O negócio está no centro de um dos maiores casos de antitruste do governo dos Estados Unidos em duas décadas. O Departamento de Justiça dos EUA abriu um processo antitruste contra o Google na terça-feira, alegando que a empresa de Mountain View usou métodos anticompetitivos e restritivos nos mercados de busca e publicidade para manter um monopólio ilegal.
Quase metade do tráfego de busca do Google agora vem de dispositivos Apple, de acordo com o Departamento de Justiça, e a perspectiva de perder o negócio é descrita internamente como “terrível”.
Embora as duas empresas sejam consideradas rivais no Vale do Silício, o acordo é considerado parte de uma “aliança incomum de rivais”.
A interferência legislativa representa uma ameaça para uma parte significativa das receitas da Apple, mas também é uma grande ameaça para o Google, que não parece ser capaz de substituir o tráfego perdido. O New York Times acredita que a lacuna pode levar a Apple a adquirir ou criar seu próprio mecanismo de busca, o que, por sua vez, pode representar uma ameaça maior aos lucros do Google.