A controvérsia continua em torno do centro de dados xAI de Elon Musk em Memphis, EUA, sobre os resultados dos primeiros testes de qualidade do ar. A cidade divulgou dados de testes independentes mostrando que os níveis de todos os 10 poluentes testados estavam dentro dos limites de segurança, mas a SELC, um grupo ambientalista que representa a NAACP, afirmou que os principais componentes, ozônio e smog, não foram incluídos no estudo.

Data center da xAI em Memphis. Crédito da imagem: Steve Jones/Flight Southwings para SELC

Representantes da SELC expressaram perplexidade quanto ao motivo pelo qual esse componente nocivo não foi monitorado. O monitoramento foi realizado em três locais: o centro de Memphis e as áreas de Whitehaven e Boxtown, localizadas a três quilômetros a sudeste do data center. Os sensores operaram por 10 a 13 horas, mas observações meteorológicas mostraram que o vento soprava do sul e sudoeste nos dias do teste, o que reduziu a probabilidade de as emissões de xAI atingirem a área de medição.

O único local a noroeste do centro de dados foi o centro de Memphis, onde foi detectado formaldeído, mas sua concentração estava dentro dos limites urbanos típicos. No entanto, amostras na Prefeitura, localizada a cerca de 13 km do complexo xAI, também não apresentaram níveis críticos.

Ambientalistas do SELC apontaram deficiências na metodologia do próprio estudo, visto que, além da ausência de testes de ozônio, os sensores em Boxtown e Whitehaven foram instalados perto de prédios, o que poderia distorcer os resultados. E isso apesar de a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) recomendar a instalação desses equipamentos a uma altura de pelo menos dois metros, longe de obstáculos e fontes de emissão, para garantir medições precisas.

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