A empresa brasileira Nemus, que possui 410 km² da floresta amazônica, propôs uma nova maneira de conservar os recursos naturais – a venda de tokens não fungíveis (NFT) como patrocínio de seções individuais da selva.

Fonte da imagem: nemus.earth

NFTs são ativos criptográficos com uma assinatura digital que garante sua singularidade. A popularidade desses ativos disparou no ano passado, com algumas estimativas de que seu mercado cresceu 21.000% para mais de US$ 17 bilhões.

A Nemus começou a vender NFTs, cujos compradores poderão patrocinar seus territórios atribuídos, e os recursos arrecadados serão usados ​​para preservar árvores, restaurar áreas cortadas e garantir o desenvolvimento dos recursos naturais. Os proprietários de NFT não receberão a propriedade da terra em si, mas terão acesso a informações importantes sobre a área em questão, desde imagens de satélite até licenças emitidas e outras documentações.

A Nemus colocou à venda tokens associados a uma área de 8000 hectares, sendo que 10% deste número foram vendidos no primeiro dia. A faixa inclui lotes de 0,25 a 81 hectares, os menores são vendidos por US$ 150, e os maiores – até US$ 51.000. negociações com as autoridades do município de Pauini (AM). Além de proteger as árvores do desmatamento, o projeto pretende apoiar atividades tradicionais como a colheita de açaí e castanha-do-pará.

Os tokens vendidos vêm com imagens exclusivas de plantas ou animais amazônicos – o desenvolvimento foi confiado à Concept Art House, empresa especializada em conteúdo NFT de São Francisco. Os críticos dizem que os ativos digitais dificilmente são o caminho certo para apoiar o meio ambiente, pois são baseados na tecnologia blockchain, que exige custos de energia significativos, e a geração de eletricidade é frequentemente associada à liberação de gases de efeito estufa. Mas Nemus responde que a conservação da ameaçada floresta amazônica supera em muito os custos associados às transações de blockchain.

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