Reguladores europeus não apoiaram o investimento forçado de gigantes de TI no desenvolvimento de redes de comunicação locais

Um grupo de reguladores nacionais de telecomunicações europeus se recusou a apoiar uma iniciativa para forçar os gigantes da tecnologia a investir em projetos de infraestrutura na região. Simplificando, eles não querem obrigar grandes empresas de TI a investir no desenvolvimento de redes de comunicação.

Fonte da imagem: freestocks/unsplash.com

As conclusões do Comité de Reguladores Europeus das Comunicações Eletrónicas (BEREC) não se alinham com a iniciativa da Comissão Europeia, que se inclina para a ideia de obrigar as plataformas da Internet a financiar o desenvolvimento de infraestruturas digitais, incluindo redes 5G, uma vez que serviços de streaming criam uma carga significativa nas linhas de comunicação. “O BEREC não encontrou evidências de que tal método (investimento direto) seja justificado no estado atual do mercado”, citou a Reuters um comunicado do Comitê.

A indústria de telecomunicações, por sua vez, está confiante de que Google, Netflix, Meta*, Amazon, Microsoft e Apple devem fornecer financiamento para uma “parte justa” da infraestrutura de telecomunicações, já que seus serviços já geram mais da metade do tráfego da Internet hoje. Ativistas de direitos humanos, por outro lado, temem que, se os gigantes da tecnologia começarem a investir na construção de redes, entrarão em acordos com seus proprietários para dar preferência ao tráfego desses serviços, minando assim o princípio da neutralidade da rede.

O BEREC também observou que a Internet já mostrou resiliência às mudanças nos padrões de tráfego no passado, portanto, uma iniciativa da indústria para financiar o desenvolvimento de infraestrutura “poderia causar danos significativos”. O grupo de lobby ETNO (European Telecommunications Network Operators), representando os interesses da Deutsche Telekom, Orange Group, Telefonica e outras operadoras europeias, chamou a declaração do BEREC de inconsistente com as realidades modernas e anunciou sua intenção de apresentar seu próprio relatório à Comissão Europeia.

O Comissário Europeu para o Mercado Interno Thierry Breton disse que a União Europeia analisará detalhadamente esta questão no início de 2023.

* Está incluído na lista de associações públicas e organizações religiosas em relação às quais o tribunal proferiu uma decisão que entrou em vigor para liquidar ou proibir atividades nos fundamentos previstos na Lei Federal nº 114-FZ, de 25 de julho, 2002 “Sobre o combate à atividade extremista”.

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