O provedor de Internet via satélite Starlink, de propriedade da SpaceX de Elon Musk, disse à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que não bloqueará a rede social X após ordem judicial. No mínimo, até que os ativos recentemente congelados do serviço sejam desbloqueados, escreve o The New York Times, citando uma declaração do presidente da Anatel, Carlos Baigorri, em entrevista à publicação local Globo News.

Fonte da imagem: Alexander Shatov/unsplash.com

Baigorri esclareceu que os advogados da Starlink relataram a recusa de bloqueio de X no país, mas ele ainda não recebeu uma notificação oficial. Ele disse que já havia informado o juiz do Supremo Tribunal Federal do Brasil, Alexandre de Moraes, que tomou a decisão de bloquear a rede social X no país, e também observou que a agência poderia revogar a licença da Starlink para operar no Brasil, o que “hipoteticamente” poderia interferir na prestação de serviços aos clientes brasileiros.

Se o Starlink continuar a operar após a revogação da licença, a Anatel poderá confiscar os equipamentos Starlink instalados nas 23 estações terrestres do país que servem para melhorar a qualidade das comunicações, disse Baigorri.

A Starlink entrou com uma petição no Supremo Tribunal Federal para descongelar seus ativos, mas o tribunal rejeitou, após o que a empresa disse que forneceria Internet gratuitamente para seus clientes no Brasil enquanto estivesse proibida de fazer transações.

Starlink se tornou muito popular no Brasil desde que iniciou suas operações em 2022. O serviço é particularmente adequado para as vastas áreas rurais do Brasil e para a floresta amazônica. Pessoas que vivem na região amazônica, incluindo tribos indígenas remotas, puderam usar o Starlink para acessar a Internet pela primeira vez, mudando seu modo de vida. Atualmente, a Starlink conta com cerca de 250 mil clientes no país.

Aparentemente, Musk não vai ceder no conflito com o juiz Moraes, já que no sábado começou a cumprir sua ameaça de publicar suas ordens secretas na rede social X exigindo o bloqueio das contas de representantes individuais da oposição.

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