A General Motors anunciou o lançamento de seu próprio protocolo de software de código aberto como um “ponto de partida” para outras montadoras e desenvolvedores criarem um software melhor para carros que se tornaram computadores sobre rodas. A GM vê uma oportunidade para toda a indústria colaborar em projetos de software. Para esse fim, a empresa também está se juntando à Eclipse Foundation, “a maior organização de código aberto do mundo”.

Fonte da imagem: General Motors

O uProtocol da GM faz parte do plano da montadora de acelerar o desenvolvimento, agilizando a criação de softwares que rodam em sistemas automotivos, na nuvem e em dispositivos móveis. A GM lançou seu próprio protocolo de código aberto na esperança de que “o restante da indústria também adote uma abordagem semelhante ao compartilhamento de software para trazer maior interoperabilidade da indústria”, disse Frank Ghenassia, Arquiteto Principal Executivo de Veículos Definidos por Software.

Nos últimos anos, a indústria automotiva recrutou milhares de desenvolvedores de software na esperança de trazer recursos de software e hardware mais complexos para sua frota. O resultado foi o lançamento de carros com recursos de software constantemente atualizados. Tesla foi um pioneiro da indústria com ampla distribuição de atualizações de software pelo ar. Agora, o resto da indústria está tentando alcançá-la lançando seus próprios carros atualizáveis.

O foco principal da GM está no Ultifi, uma plataforma de software que estará nos carros ainda este ano. A plataforma de software de ponta a ponta fornecerá atualizações OTA (atualização sem fio), serviços de assinatura no carro e “novas oportunidades para aumentar a fidelidade do cliente”. O Ultifi pode incluir tudo, desde aplicativos meteorológicos até recursos potencialmente controversos, como o uso de câmeras de carro para reconhecimento facial ou detecção de crianças para bloquear automaticamente o carro.

O sistema baseado em Linux também estará disponível para desenvolvedores terceirizados. E o uProtocol servirá como ponto de partida. É “um protocolo de comunicação que permite que componentes de software interajam entre si e também troquem informações”, explicou Genassia. “O protocolo em si não inclui uma especificação da estrutura das mensagens e do conteúdo das informações trocadas entre os componentes de software.” De suas palavras, podemos concluir que a GM está tentando padronizar os protocolos de comunicação, e não o conteúdo transmitido, que continuará sendo propriedade da GM, é protegido por direitos autorais e não deve estar disponível para os concorrentes.

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