A Adobe atualizou seu contrato de usuário que rege as regras de interação do usuário com os produtos de software da empresa. De acordo com as mudanças, a Adobe agora pode visualizar oficialmente o conteúdo criado pelos usuários dos aplicativos da empresa e armazenado na nuvem.
Um dos primeiros a notar esta inovação foi o artista Sam Santala, que manifestou a sua indignação na rede social X. “Não posso usar o Photoshop a menos que concorde que você terá acesso total a tudo o que eu crio com a ajuda dele, incluindo trabalhar sob um NDA [acordo de não divulgação]”, escreveu Santala, pedindo esclarecimentos à Adobe.
Se você revisar o Contrato Geral do Usuário da Adobe, verá que ele foi modificado pela última vez em 17 de fevereiro de 2024. A desenvolvedora ajustou as seções 2.2 e 4.1, que esclarecem como a empresa pode acessar o conteúdo do usuário e como essas informações são processadas. Essas alterações indicam que a Adobe poderá revisar o conteúdo do usuário automática e manualmente, mas somente quando permitido por lei.
Isso significa que a Adobe pode acessar o conteúdo do usuário usando tecnologias como aprendizado de máquina para melhorar seus serviços e software. Esta política não agradou a muitos usuários dos produtos da empresa, alguns dos quais até anunciaram a intenção de passar a usar produtos concorrentes ou aplicativos de código aberto.
Observe que os clientes com contas pessoais da Creative e da Document Cloud poderão bloquear a análise de seu conteúdo, pelo menos nos casos em que ele for usado para melhorar os produtos da Adobe. O representante da empresa também garantiu mais uma vez aos usuários que o conteúdo do usuário não será usado para treinar redes neurais generativas.