FinalSpark abriu acesso remoto à sua revolucionária Neuroplataforma, que oferece aos cientistas a oportunidade de realizar pesquisas em biocomputadores baseados em organoides do cérebro humano. Na verdade, agora você pode alugar um processador biológico baseado em células vivas por um preço razoável.
Organóides cheios de neurônios têm uma capacidade excepcional de aprender e processar informações. Estima-se que uma dessas organelas contenha 10.000 neurônios humanos vivos. Segundo a empresa, o uso de bioprocessadores baseados em neurônios biológicos em vez de transistores pode reduzir significativamente o consumo de energia no mundo tecnológico. “Economizar bilhões de watts ao treinar grandes modelos de linguagem ou outras tarefas que exigem muitos recursos também será um fator positivo para o meio ambiente”, enfatiza FinalSpark.
A arquitetura da plataforma combina hardware, software e biologia. Baseia-se no uso de matrizes multieletrodos (MEAs) que abrigam organoides do cérebro humano em um sistema microfluídico de suporte à vida. As massas de tecido 3D são conectadas e estimuladas por oito eletrodos, com câmeras de vigilância e uma pilha de software personalizada para permitir que os pesquisadores insiram variáveis de dados e leiam e interpretem a saída do processador.
Cinco grandes institutos de pesquisa estão envolvidos no desenvolvimento da Neuroplataforma e já existem nove usuários cadastrados na plataforma. Abrir a Neuroplataforma a uma gama mais ampla de investigadores académicos é um passo importante que irá acelerar a investigação no campo da biocomputação e desbloquear o potencial da tecnologia.
A plataforma oferece quatro organoides compartilhados que podem ser alugados por US$ 500 por mês por usuário. Para alguns projetos o acesso é gratuito. FinalSpark afirma que este preço inclui acesso a uma plataforma neural remota totalmente gerenciada, permitindo pesquisas em biocomputação.