A empresa americana Texas Instruments fornece componentes semicondutores para uma ampla gama de dispositivos eletrônicos e eletrodomésticos, de modo que seu relatório trimestral pode servir como mais uma ilustração dos eventos que ocorrem no setor. No setor de consumo, a demanda de fato diminuiu, mas a indústria automotiva continua agradando a esse fornecedor de chips.
Em primeiro lugar, a empresa completou o segundo trimestre com receita de US$ 5,21 bilhões contra US$ 4,65 bilhões esperados pelo mercado, aumentando em 14%. No trimestre atual, a Texas Instruments espera ganhar de US$ 4,9 a US$ 5,3 bilhões, o que é superior às expectativas do mercado para a faixa intermediária (US$ 4,98 bilhões). O segundo trimestre não foi homogêneo em termos de dinâmica, uma vez que em abril as atividades da empresa foram significativamente afetadas por bloqueios na China, mas em maio e junho, os volumes de vendas puderam aumentar visivelmente após a retirada de restrições relevantes na China.
Assim como no trimestre anterior, segundo representantes da Texas Instruments, no trimestre atual a demanda por componentes para automóveis e equipamentos industriais continuará forte, mas o segmento de eletroeletrônicos mostrará fraqueza. A receita da empresa no setor automotivo no segundo trimestre cresceu mais de 20%. O fabricante ainda não consegue satisfazer plenamente a demanda por alguns tipos de produtos semicondutores.
A empresa produz cerca de 80% dos produtos semicondutores de forma independente e, no futuro, só vai expandir sua base de produção. A participação de produtos internos só crescerá no futuro, pois a experiência dos concorrentes convenceu a administração da Texas Instruments de que a alta dependência de empreiteiros se transformou em sérios problemas para os fornecedores de chips durante a pandemia.
Em um futuro próximo, a empresa pretende continuar investindo na expansão da produção de chips industriais e automotivos, independentemente das condições macroeconômicas atuais. A administração da Texas Instruments não descarta que a empresa enfrentará uma recessão no futuro, mas não se compromete a prever com precisão o momento. O CFO Rafael Lizardi explicou: “Pode acontecer este ano, ano que vem e até 2025. Vamos combater a recessão quando for a hora certa”. De modo geral, a previsão otimista para a dinâmica do desenvolvimento do setor contribuiu para o crescimento do preço das ações da empresa em 2,6% após o fechamento do pregão.
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