Ontem soube-se que as autoridades chinesas recomendam às autoridades locais que abandonem sistematicamente a compra de sistemas com processadores de origem importada, bem como de sistemas operativos e sistemas de gestão de bases de dados criados por empresas estrangeiras. Segundo os analistas da Bernstein, as perdas reais da Intel e da AMD devido a estas medidas não serão tão grandes.

Fonte da imagem: Intel

No mínimo, de acordo com especialistas, a Intel perderá cerca de US$ 1,5 bilhão em receitas por ano com a venda de processadores para agências governamentais chinesas, e a AMD perderá várias centenas de milhões de dólares americanos. Para ambas as empresas estaremos falando de uma pequena porcentagem da receita anual. A Intel gerou pouco menos de US$ 15 bilhões em receitas na China no ano passado, mas grande parte disso veio da localização de testes e embalagens de seus componentes em instalações locais. Para a AMD, o montante da receita na China no final do ano passado foi limitado a 3,5 mil milhões de dólares, mas foram as compras relacionadas com estruturas governamentais que provavelmente não representariam uma parte significativa dela.

Para o lucro da Intel, a perda de compras do governo chinês poderia resultar numa diminuição do valor correspondente em mais de 10%, mas é pouco provável que isto tenha consequências catastróficas para os negócios da empresa. As ações da Intel caíram ontem 1,74% nas negociações dos EUA, mas após o fechamento da sessão principal recuperaram parcialmente as perdas. O preço das ações da AMD conseguiu cair 0,57% durante o pregão principal, mas após o fechamento do pregão aumentou 1,13%. Por outras palavras, os investidores avaliaram de forma bastante adequada os riscos que surgiram para os negócios da Intel e da AMD na China.

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