A estreia dos novos smartphones da série Huawei Mate 60 teve conotações muito politizadas, pois dentro deles encontraram um processador móvel HiSilicon Kirin 9000S de 7 nm de design próprio, que a empresa de alguma forma lançou sob sanções. A marca Honor, que se separou da Huawei por causa deles, só está pronta para desenvolver seus próprios chips se estivermos falando de alguns componentes auxiliares.
Isso pode ser avaliado pelas declarações do CEO da Honor, George Zhao Ming, citadas pelo South China Morning Post. Segundo ele, a MediaTek e a Qualcomm fornecem à empresa processadores móveis totalmente modernos e autossuficientes, por isso simplesmente não faz sentido gastar recursos no desenvolvimento dos seus próprios. Ao mesmo tempo, Honor não se recusa a criar chips auxiliares por conta própria.
Por exemplo, o chip C1 lançado em março como parte dos smartphones da série Honor Magic5 foi usado para melhorar a qualidade da comunicação em redes 5G e foi desenvolvido pela empresa de forma independente. “Não vamos desenvolver nossos próprios sistemas em um chip (SoC). A colaboração da Honor com a MediaTek e a Qualcomm nos dá acesso aos melhores chips do mercado”, explicou um representante da fabricante de smartphones. A cooperação de longo prazo com esses desenvolvedores de chips nos permite contar com a otimização de suas plataformas para atender às necessidades da Honor, como explica o responsável da empresa.
Fundada em maio deste ano, a unidade de desenvolvimento de componentes da Honor em Xangai levantou recentemente capital, gerando rumores de que a empresa pretende desenvolver de forma independente processadores móveis para seus smartphones. O fabricante possui cinco divisões desse tipo em toda a China, algumas das quais desenvolvem software, transmissão de dados e tecnologias de processamento de imagens. A marca Honor não voltará mais sob as asas da Huawei, como observou o chefe desta última, e agora eles se consideram concorrentes.