Desde o início deste ano que se discute a situação da legislação de imigração nos Países Baixos, o que dificulta o desenvolvimento harmonioso dos negócios da ASML. Rumores atribuíam o desejo da empresa de começar a expandir-se fora do seu país de origem e as autoridades tentaram convencê-la. Tornou-se agora claro que isto será feito através de subsídios no valor de 2,5 mil milhões de euros.
A empresa, conforme noticiado pela Bloomberg, assinou uma carta de intenções com as autoridades holandesas, que envolve o posterior desenvolvimento do negócio nas proximidades da sua atual sede em Eindhoven, no sul do país. A ASML pretende duplicar a sua capacidade de produção até 2030, uma vez que prevê o aumento da procura pelos seus equipamentos de litografia devido ao boom dos sistemas de inteligência artificial.
A ASML prefere manter as suas atividades principais o mais próximo possível das operações existentes em Veldhoven, a sudoeste da sua sede. Por sua vez, as autoridades do país terão que, na sua opinião, garantir o acesso a recursos energéticos adequados, uma rede rodoviária e habitação para os funcionários, bem como zelar pela sua educação. É para estes fins que serão direcionados os 2,5 mil milhões de euros que as autoridades decidiram atribuir para manter a ASML na sua pátria histórica. A iniciativa de “desembarcar” a ASML foi tomada pelas autoridades tendo em conta a experiência desagradável de transferir as sedes das empresas Unilever e Shell da Holanda para o Reino Unido.