A HP concordou em pagar US$ 4 milhões para encerrar uma ação coletiva que acusa a empresa de “propaganda enganosa” e “enganar” clientes em seu site. Os demandantes alegaram que o fabricante de PCs e periféricos violou as regras da Comissão Federal de Comércio que proíbem práticas enganosas de preços, incluindo a exibição de um “preço artificialmente inflacionado” enquanto oferecia um desconto fictício.

A ação coletiva original, apresentada em 13 de outubro de 2021, acusava a HP de enganar os clientes inflando artificialmente os preços de PCs e periféricos. Em 15 de julho de 2022, a reclamação foi alterada para incluir alegações de violação das regras da Comissão Federal de Comércio que proíbem preços enganosos, especificamente usando um “preço artificial e inflacionado” para fazer um desconto anunciado parecer maior do que realmente é.
«Para vender mais produtos e maximizar os lucros, a HP exibe preços tachados enganosos em seu site e anuncia economias fictícias com base nesses preços. Os preços tachados são enganosos porque não refletem os preços reais pelos quais a HP vende regularmente seus produtos. As economias são fictícias porque não refletem as economias reais obtidas pelos clientes”, diz o processo.

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Os demandantes alegaram que “a HP prejudica os consumidores ao induzi-los a pagar mais por seus produtos e fazer compras que, de outra forma, não fariam”. Eles argumentam que os preços tachados da HP também prejudicam a concorrência, pois dão à HP uma vantagem injusta sobre outros fabricantes de computadores que não usam essa prática: “É mais provável que um cliente compre um computador de US$ 2.000 anunciado com 50% de desconto sobre o preço normal do que pagar o preço integral por um computador de US$ 1.000.”
A HP também foi criticada por ofertas semanais que usam engenharia social, como alertas de estoque baixo que incentivam os clientes a fazer uma compra. De acordo com o processo, a HP continuou a vender os produtos com sucesso nas semanas e meses seguintes, o que significa que havia estoque suficiente deles nos armazéns. Outro motivo para o processo foi a propaganda enganosa da HP de ofertas por tempo limitado, às vezes com contagem regressiva.

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É seguro dizer que a HP saiu ilesa. Os US$ 4 milhões que o tribunal ordenou que os demandantes pagassem são uma gota no oceano comparado ao valor que a HP ganha — a receita da empresa no primeiro trimestre de 2025 foi de US$ 13,5 bilhões. Além disso, a HP não precisava admitir publicamente que havia violado a lei e enganado os clientes, o que poderia ter servido como publicidade negativa para a empresa.
