A participação da Intel no mercado de processadores para servidores caiu para 67%, enquanto a AMD deixou de ser uma outsider e se tornou uma das principais concorrentes da Intel em apenas alguns anos, respondendo agora por cerca de um terço da receita global do mercado de processadores para servidores. Ao mesmo tempo, os chips baseados em ARM estão ganhando força, oferecendo uma alternativa energeticamente eficiente às soluções tradicionais compatíveis com x86.
Fonte da imagem: techpowerup.com
Em 2017, a participação da AMD no segmento de CPUs para servidores era próxima de zero, mas a situação mudou drasticamente graças à série EPYC, escreve o TechPowerUp. O ponto de virada para a AMD foi o surgimento da microarquitetura Zen. Em meados de 2020, os processadores EPYC forneciam à empresa uma participação de mais de 10% na receita do mercado global de CPUs para servidores. Ao mesmo tempo, a Intel enfrentou dificuldades com o lançamento do Xeon Sapphire Rapids, o que forçou muitos clientes a recorrerem a outros fornecedores. No final de 2022, a participação da AMD ultrapassou 20% e a da Intel caiu abaixo de 75% pela primeira vez em muitos anos.
Analistas da IDC e da Mercury Research, utilizando dados do Bank of America, preveem que a participação da AMD crescerá para 36% até o final de 2025, enquanto a da Intel cairá para 55%. Os chips de servidor baseados em ARM também estão começando a desempenhar um papel cada vez mais importante: sua participação na receita deve ficar em torno de 9% no próximo ano, à medida que os principais provedores de nuvem buscam soluções mais econômicas e com maior eficiência energética.
Fonte da imagem: estimativas do BofA Global Research, IDC, Mercury Research
Até 2027, a participação da AMD pode ultrapassar 40%, a Intel corre o risco de cair para menos de 50% e a participação dos processadores ARM chegará a 10-12%. Vale ressaltar que esses números refletem a receita, não o número de chips vendidos. O sucesso da AMD se deve em grande parte às vendas de processadores multi-core de alto desempenho, enquanto a Intel ainda fornece ativamente um grande número de modelos de baixo custo.
Segundo analistas, a batalha pela liderança no mercado de servidores está longe de terminar. A AMD se prepara para lançar os novos processadores EPYC Genoa e Bergamo, e a Intel aposta na linha Xeon 6 com núcleos energeticamente eficientes, na esperança de recuperar o terreno perdido.