A República do Zimbábue pretende introduzir uma moeda digital lastreada em ouro. Segundo o chefe do banco central local, John Mangudya, esta decisão deverá estabilizar a volatilidade cambial da moeda nacional face ao dólar americano.

John Mangudya. Fonte da imagem: Sunday Post

Segundo relatos, os residentes com uma pequena quantia em dinheiro poderão trocá-los por tokens digitais, a fim de preservar seu valor e se proteger em caso de alta volatilidade na taxa de câmbio da moeda local. Segundo a Bloomberg, o país já introduziu moedas de ouro em circulação para estabilizar a moeda local. Oficialmente, um dólar americano custa pouco mais de mil dólares zimbabuanos, sendo vendido no mercado negro da capital do país por 1.750 dólares locais.

Além de emitir tokens digitais lastreados em ouro, as economias também podem ser armazenadas em moedas de ouro – cada vez mais delas são emitidas para circulação local, para que os residentes invistam menos em ativos estrangeiros como o dólar americano.

O Zimbábue abandonou completamente sua moeda hiperinflacionária em 2009, substituindo-a pelo dólar americano. Em 2019, surgiu uma nova versão do dólar zimbabuense, mas em junho daquele ano as autoridades decidiram manter a moeda norte-americana em circulação legal para conter o rápido aumento dos preços.

O Zimbabwe tem uma prática bastante desenvolvida de pagamentos online. Em 2019, foi relatado que, devido à falta de dinheiro, a maioria dos pagamentos foi feita digitalmente, geralmente usando smartphones. É verdade que a moeda eletrônica do banco central não foi discutida na época.

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