Na terça-feira, começa no Tribunal do Condado de Washington (EUA) um julgamento em um importante caso antitruste contra o Google, acusado de monopolizar a busca online. Um caso apresentado pelo Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) em 2020 pode moldar a forma como milhões de americanos usarão a Internet no futuro. Os especialistas observam que o resultado do caso poderá lançar novas bases para o funcionamento da indústria de TI.

Fonte da imagem: WilliamCho/Pixabay

O foco está nas acusações de que o Google está usando sua posição dominante no mercado para limitar os concorrentes. Este é o primeiro caso a ir a julgamento em que o governo dos EUA apresentou acusações contra o Google. Além disso, o DOJ juntou-se a uma ação separada movida por 38 procuradores-gerais estaduais e territoriais desafiando o controle do monopólio do Google sobre a publicidade. A empresa nega todas as acusações relacionadas a ambos os casos.

O juiz Amit P. Mehta rejeitou no mês passado várias acusações contra o Google, dando à empresa uma vitória parcial. Mas ele permitiu que alegações mais significativas prosseguissem, incluindo argumentos importantes de que os contratos de exclusividade do Google com fabricantes de smartphones supostamente prejudicariam os concorrentes.

De acordo com as alegações, a empresa gasta bilhões de dólares anualmente para garantir que seu mecanismo de busca seja definido como mecanismo de busca padrão em muitos dispositivos, incluindo smartphones e tablets, dificultando o acesso dos usuários aos produtos dos concorrentes. Além disso, o Google é acusado de celebrar acordos que proíbem parceiros de colaborar com outros mecanismos de busca. Essas ações, segundo os promotores, criam barreiras intransponíveis para os concorrentes que buscam entrar no mercado.

O juiz Mehta observou que a marca Google se tornou tão reconhecível que se tornou um verbo usado em dicionários. Em 2020, a empresa detinha quase 90% do mercado de buscas. O juiz também destacou a importância do negócio de publicidade do Google, apontando que os anunciantes gastam mais de US$ 80 bilhões anualmente tentando atingir o público amplo de usuários que usam o Google para pesquisar informações na Internet.

O juiz enfatizou ainda que apenas uma empresa com poder de monopólio que suprime a concorrência opera ilegalmente. A questão agora é: o governo pode provar que as ações do Google violam as leis antitruste?

O julgamento promete trazer respostas a estas questões, mostrando até onde o governo pode ir na regulação dos monopólios tecnológicos. Deve-se notar que este caso é apenas um dos muitos movidos recentemente contra gigantes da tecnologia, incluindo ações judiciais contra Meta✴ e Amazon, indicando uma possível mudança na atitude do governo em relação ao domínio das corporações de tecnologia no mercado.

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