O Google paga à Apple 36% da receita que gera com publicidade de busca no navegador Safari, disse Kevin Murphy, especialista em economia da Alphabet, professor da Universidade de Chicago, na segunda-feira, durante uma audiência sobre o processo antitruste do Departamento de Justiça dos EUA e vários Estados dos EUA contra o Google. Esses dados foram mantidos em segredo, e o advogado do Google não escondeu sua insatisfação em torná-los públicos, informou a Bloomberg.
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A Apple e o Google firmaram um acordo segundo o qual, desde 2002, o mecanismo de busca Google é instalado por padrão no navegador Apple Safari. O acordo é o acordo padrão mais significativo do Google porque traz o mecanismo de busca da empresa para o iPhone, um smartphone amplamente utilizado nos Estados Unidos.
Ambas as empresas se opuseram a tornar públicos os detalhes de seu acordo. Em sua carta ao tribunal na semana passada, o Google disse que divulgar mais informações sobre o acordo “prejudicaria injustificadamente a posição competitiva do Google em relação aos seus concorrentes e outras contrapartes”.
O Departamento de Justiça dos EUA e oito estados dos EUA abriram uma ação antitruste contra o Google em outubro de 2020, acusando o gigante tecnológico de abusar de seu domínio no mercado de buscas e de usar práticas desleais para sufocar o desenvolvimento de concorrentes. O regulador acredita que o acordo entre a Apple e o Google deixa claro que o Google mantém ilegalmente o seu domínio nos motores de busca e nos mercados de publicidade em buscas.