A polícia sul-coreana lançou uma investigação sobre o Telegram. O mensageiro é suspeito de envolvimento na distribuição de deepfakes explícitos envolvendo mulheres coreanas. A fiscalização começou após inúmeras reclamações contra o serviço de comunicações e protestos públicos.

Fonte da imagem: Copiloto

Conforme relatado pela Reuters, a investigação começou em meio a reclamações de cidadãos e indignação de políticos causada pelo aumento no número de imagens e vídeos falsos de natureza sexual explícita, criados com tecnologia deepfake. A mídia local relata que esse tipo de conteúdo é frequentemente distribuído em chats do Telegram.

Anteriormente, o chefe da Agência Nacional de Polícia, Cho Ji-ho, disse que a agência está a considerar a possibilidade de processar os proprietários de serviços de comunicação que garantem a confidencialidade da correspondência por auxiliarem na prática de crimes. Vale ressaltar que a investigação na Coreia do Sul coincidiu com uma investigação na França contra o fundador do Telegram, Pavel Durov, cuja plataforma as autoridades francesas suspeitam ser usada para organizar atividades maliciosas.

De acordo com a startup de privacidade norte-americana Security Hero, a Coreia do Sul é o país mais frequentemente alvo de ataques deepfake. Segundo o relatório da empresa, 53% dos alvos de conteúdo explícito eram cantoras e atrizes sul-coreanas. A polícia do país afirma que o número de casos relatados de crimes deepfake já atingiu 297 este ano, contra 156 em todo o ano de 2021, quando os dados começaram a ser coletados.

As autoridades sul-coreanas pretendem endurecer a legislação para tornar a compra ou visualização de deepfakes explícitos uma ofensa criminal. Além disso, o regulador dos meios de comunicação do país dirigiu-se às autoridades francesas com um pedido de cooperação na resolução de problemas relacionados com o Telegram e assistência no estabelecimento de um diálogo direto com a empresa de Pavel Durov. Neste momento, o departamento de segurança cibernética do Escritório Nacional de Investigação da Coreia do Sul recusou-se a comentar oficialmente.

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