A inteligência artificial está abalando o mercado de publicidade e “desconcertando” os investidores, relata a CNBC, citando fontes do setor.

Fonte da imagem: Steve Johnson / Unsplash

«”Acredito que essa inteligência artificial está deixando os investidores nervosos em todos os setores e está interrompendo completamente nossos negócios”, disse Mark Read, presidente-executivo cessante do grupo de publicidade britânico WPP.

Especialistas do setor estão preocupados com a grave ameaça que o mercado publicitário pode sofrer com as novas redes neurais generativas, que podem ser usadas para criar conteúdo de mídia. Recentemente, surgiu um grande número de algoritmos capazes de gerar imagens e vídeos.

Em sua primeira entrevista a repórteres desde que anunciou sua saída da WPP, Read afirmou que a IA “transformaria completamente nossos negócios”. “A IA disponibilizará a expertise mundial a todos a um custo muito baixo. O melhor advogado, o melhor psicólogo, o melhor radiologista, o melhor contador e os melhores profissionais de criação e marketing de publicidade frequentemente serão IA, ou estarão operando IA”, disse Read durante um discurso na London Tech Week.

Ele também afirmou que 50.000 funcionários da WPP estão atualmente usando a plataforma WPP Open, construída em redes neurais. Reed observou que a pressão sobre a parte criativa do setor de publicidade está impulsionando a consolidação do setor, acrescentando que as empresas terão que “aceitar” como a IA impactará tudo, desde o briefing e o planejamento de mídia até a otimização de campanhas.

Um relatório da Forrester do ano passado descobriu que mais de 60% das agências de publicidade dos EUA já estavam usando redes neurais generativas em seu trabalho em junho de 2024. Ele também disse que 31% das empresas estavam considerando usar tecnologias de IA.

A visão de Reid é compartilhada por Maurice Levy, CEO da gigante francesa de publicidade Publicis Groupe, que acredita que a publicidade está passando por uma “mudança massiva” devido ao impacto disruptivo da IA. Ele acrescentou que algoritmos generativos para criação de imagens e vídeos estão acelerando drasticamente o processo de produção de conteúdo, enquanto sistemas de mensagens automatizados agora podem alcançar “personalização em uma escala nunca vista antes”.

Ao mesmo tempo, Levy enfatizou que a IA deve ser vista apenas como uma ferramenta que as pessoas podem usar para melhorar suas vidas. “Não devemos acreditar que a IA seja algo mais do que uma ferramenta”, disse Levy. Em sua opinião, a IA fará com que algumas pessoas percam seus empregos, mas, em última análise, a tecnologia criará ainda mais empregos.

Segundo analistas da Gartner, as marcas devem evitar provocar reações negativas de consumidores céticos quanto ao impacto da IA ​​na criatividade humana. No ano passado, uma pesquisa da empresa constatou que 82% dos consumidores acreditam que as empresas que utilizam IA devem priorizar a preservação de empregos, mesmo que isso signifique lucros menores.

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