Antes que a indústria do jogo na China tivesse tempo de voltar a crescer, os reguladores locais introduziram novas medidas para combater o vício do jogo, que já resultaram em perdas significativas para as maiores empresas do mercado.
As novas regras visam limitar os mecanismos de incentivo aos jogadores: os jogos online não poderão recompensar os usuários por fazerem login diariamente e gastarem dinheiro real (pela primeira vez, várias vezes seguidas).
Além disso, os desenvolvedores terão que estabelecer limites para o valor máximo de gastos disponíveis para os jogadores e os valores que podem ser usados para recarregar carteiras digitais para despesas no jogo. Também haverá um limite de doações para streamers.
A proibição incluía leilões baseados na probabilidade de mecânicas (caixas de saque, portões, etc.), duelos forçados entre jogadores e conteúdo que “ameaça a segurança nacional”. Os desenvolvedores também serão obrigados a hospedar servidores de jogos na China.
Segundo a Bloomberg, após o anúncio de novas medidas, as maiores empresas de jogos chinesas já perderam quase 80 mil milhões de dólares no total:
- O preço das ações da Tencent caiu 16%, a maior queda desde 2008;
- Os títulos da NetEase caíram um recorde de 28%;
- A rede social Bilibili, popular entre os gamers, caiu 14%.
A Tencent já prometeu seguir rigorosamente as novas regras, enquanto investidores e funcionários da empresa no mensageiro WeChat consideram as medidas listadas irracionais e divorciadas da realidade.
Ao mesmo tempo, o regulador chinês aprovou prematuramente mais 40 jogos online para distribuição no país e reduziu o período de análise das candidaturas para 60 dias. As opiniões sobre a nova política serão coletadas até 22 de janeiro de 2024.