Os Estados Unidos levam a sério a proibição do TikTok ou pelo menos forçar a empresa chinesa ByteDance a vendê-lo. A Câmara dos Representantes dos EUA apoiou um projeto de lei que bloquearia o serviço se o desenvolvedor do aplicativo não se separasse da controladora chinesa ByteDance.

Fonte da imagem: TikTok

O projeto foi aprovado com 352 votos, com 56 deputados votando contra, e ainda não foi aprovado no Senado, mas o presidente Joe Biden já disse que assinaria o projeto se fosse aprovado no Congresso. Os políticos americanos temem que uma empresa sujeita às leis chinesas possa entregar os dados dos utilizadores americanos às autoridades, criando uma ameaça à segurança nacional. Na semana passada, o Comitê de Energia e Comércio da Câmara votou por unanimidade pela aprovação do projeto de lei depois de se reunir sobre os riscos representados por pedidos de países hostis. Representantes da TikTok disseram que a empresa não armazena dados de usuários americanos na China e pretende tomar medidas adicionais para protegê-los – mas os legisladores não acreditaram neles.

A Lei de Proteção dos Americanos contra Aplicações Controladas por Adversários Estrangeiros impõe penalidades às lojas de aplicativos e empresas de hospedagem que hospedam serviços TikTok. A lei visa inicialmente a ByteDance, mas suas disposições podem ser aplicadas contra aplicativos de redes sociais de empresas de países adversários dos Estados Unidos.

O projeto foi contestado por organizações de liberdade de expressão, incluindo a União Americana pelas Liberdades Civis. Ao mesmo tempo, durante a discussão na Câmara dos Deputados, foi enfatizado que o objetivo do projeto de lei não era proibir o TikTok, mas sim retirar a empresa do controle das autoridades chinesas. Segundo os opositores ao projecto de lei, este não resolve os problemas de segurança nacional, mas apenas limita a liberdade de expressão e dá liberdade às instituições governamentais.

«É perigoso dar ao presidente o poder de decidir o que os americanos devem ver nos seus telefones e televisões”, comentou o congressista Thomas Massie sobre o projeto.

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