O desejo das autoridades americanas de separar o navegador Chrome do Google não é mais segredo, mas esta semana conseguiu adquirir uma forma juridicamente significativa. Segundo a Reuters, os promotores dos EUA pediram ao tribunal que persuadisse a Alphabet a tomar as medidas apropriadas. O réu tem oportunidade de oferecer opções até o final deste ano, e o julgamento deste caso ocorrerá em abril do próximo ano.
O Departamento de Justiça dos EUA exige que o Google venda o navegador Chrome, bem como crie condições para fornecer aos concorrentes dados e histórico de pesquisa de seus usuários. De acordo com a promotoria, tais medidas ajudarão a quebrar o monopólio do Google na indústria de mecanismos de busca e a melhorar a concorrência no mercado. Agora, de acordo com algumas estimativas, o Google controla aproximadamente 90% do mercado de mecanismos de busca na Internet.
Segundo a promotoria, o comportamento ilegal do Google impediu até o momento que novos players do mercado entrassem nele utilizando suas inovações, uma vez que a empresa controlava os canais de distribuição dos navegadores por meio da loja de aplicativos da empresa. O Departamento de Justiça dos EUA quer proibir o Google de retornar ao mercado de navegadores de Internet nos próximos cinco anos. Além disso, se as medidas propostas para restaurar a concorrência leal não surtirem efeito, a Google terá de vender o sistema operativo Android. A promotoria também insiste em proibir o Google de comprar empresas que trabalham na área de motores de busca, inteligência artificial ou tecnologias avançadas de publicidade.
O Departamento de Justiça dos EUA e uma coligação de estados insistem em acabar com os acordos de exclusividade do Google com a Apple e outros fabricantes de smartphones e tablets, nos termos dos quais o Google se torna o motor de busca padrão para os utilizadores destes dispositivos. A Google poderá apresentar as suas propostas em dezembro deste ano, e a audiência terá lugar em abril do próximo ano, caso a subida ao poder de Donald Trump até lá não afete o andamento do caso.