Quanto menor a intervenção cirúrgica, mais fáceis serão as consequências das operações. Isto é especialmente verdadeiro quando se trata de cirurgia cerebral. Seria tentador e prático reparar danos nos vasos sanguíneos e no tecido cerebral a partir do interior, sem cortes, utilizando minúsculos mecanismos robóticos. Na França, eles criaram um desses, que poderá ser testado em humanos já em 2026.
O empreendimento foi anunciado pela jovem empresa Robeauté, fundada em 2017 por Bertrand Duplat e Joana Cartocci. Bertrand passou décadas projetando sistemas robóticos para operar em ambientes extremos. Circunstâncias pessoais o levaram a passar a desenvolver robôs cirúrgicos em miniatura.
O robô apresentado tem aproximadamente o tamanho de um grão de arroz. Ele foi projetado para ajudar neurocirurgiões a realizar cirurgias cerebrais. Na primeira etapa, o robô será usado para coletar biópsias – amostras de tecidos de locais de difícil acesso. No futuro, será capaz de administrar medicamentos em áreas específicas do cérebro e realizar outras tarefas.
O robô foi testado em animais mortos em 2021. A empresa agora se prepara para testar em cadáveres humanos e animais vivos. Assim que a aprovação regulatória for recebida, os testes em humanos vivos começarão, o que deverá acontecer já no próximo ano. Segundo os desenvolvedores, os testes preliminares da tecnologia foram muito apreciados pelos neurocirurgiões. O novo instrumento tem todas as chances de ser procurado em clínicas de todo o mundo.
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