Cientistas da Universidade de Sussex (Reino Unido) publicaram os resultados de um estudo no qual tentaram determinar qual computador quântico é necessário para quebrar o bitcoin (a chave). Descobriu-se que seria necessário um sistema milhões de vezes maior do que qualquer sistema existente.
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A segurança da rede Bitcoin é fornecida pelo algoritmo criptográfico SHA-256, desenvolvido pela Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA). Essa proteção é baseada na ideia simples de que os computadores eletrônicos modernos são incapazes de quebrá-la com rapidez suficiente. Os computadores quânticos têm muito mais chances. Cientistas da Universidade de Sussex decidiram descobrir quantos qubits – análogos quânticos de bits em computadores eletrônicos tradicionais – são necessários para quebrar bitcoin em um determinado período de tempo.
Cada transação de bitcoin é confirmada por mineradores na rede, após o que é adicionada ao blockchain – o registro de propriedade de ativos digitais. Durante o procedimento de confirmação, a cada transação é atribuída uma chave criptográfica, e quebrá-la permitiria que o invasor tomasse posse dos bitcoins correspondentes. Cientistas calcularam que seria necessário um computador quântico com 1,9 bilhão de qubits para quebrar a criptografia de uma chave bitcoin em 10 minutos. Se aumentarmos o tempo de hacking para 1 hora, 317 milhões de qubits seriam suficientes. Se você alocar um dia inteiro para hackear, precisará de um sistema com 13 milhões de qubits.
Assim, os donos de criptomoedas ainda não têm motivos tangíveis de preocupação: em novembro, a IBM anunciou a criação de um computador quântico Eagle com 127 qubits, e na Alemanha lançou um sistema com mais de 5 mil qubits – sistemas milhões de vezes maiores do que os sistemas existentes serão necessários para hackear ativos digitais. Os cientistas têm certeza de que computadores quânticos suficientemente poderosos não aparecerão antes de 10 anos. No entanto, recentemente pesquisadores da China relataram que a solução do problema pode ser acelerada com a criação de um módulo de memória quântica.