O problema de burn-in e o brilho irregular resultante das telas é uma desvantagem conhecida dos monitores OLED. Os fabricantes afirmam que fizeram progressos na minimização do problema, embora tenham utilizado principalmente software para o fazer. Especialistas do recurso RTINGS.com se comprometeram a verificar suas afirmações, que submeteram mais de uma centena de TVs e vários monitores a testes de estresse.

O teste consiste em transmissão CNN 24 horas por dia, 7 dias por semana, com brilho máximo. Nessas circunstâncias, o efeito burn-in é mais perceptível, mais frequentemente encontrado na área de elementos estáticos: logotipos de canais de TV, barra de tarefas de um PC ou interfaces de jogos. Isso pode ser uma imagem residual temporária ou uma queimadura permanente. Até um especialista pode confundi-los facilmente, mas um “ciclo de atualização” ou uma mudança radical no conteúdo da tela geralmente ajuda a combater esse fenômeno.

Um exemplo de burn-in em uma TV OLED Sony Bravia A8H

Funções preventivas especiais desenvolvidas pelos fabricantes têm como objetivo aumentar a vida útil do painel – “ciclos de compensação” curtos ou longos, que são denominados de forma diferente para cada marca. Eles visam, é claro, não restaurar a qualidade da imagem ao original, mas distribuir uniformemente o brilho pela superfície da tela.

Até o momento, o teste de estresse está em andamento ininterruptamente há dez meses – nele participam TVs OLED e LCD. Três monitores ultralargos estão sendo testados em paralelo, embora seus testes durem apenas seis meses. Aqui está um resumo dos autores do estudo.

  • Após dez meses de testes de estresse, equivalentes a quatro anos e três meses de uso em condições normais, todas as TVs OLED apresentaram sinais de burn-in, embora em graus variados.
  • Apesar de as TVs OLED serem a principal preocupação, também foram encontrados sinais de degradação de imagem nas TVs LCD, e isso acabou sendo muito mais sério do que nos painéis OLED – a uniformidade da luz de fundo cai mais rápido e de forma muito mais severa. Isso não é o mesmo que burn-in, mas também prejudica a impressão da imagem na tela.
  • Durante os testes, cinco TVs e um monitor falharam.
  • Pequenos sinais de queima dos monitores OLED começaram a aparecer já no sexto mês do teste de estresse, o que equivale a 2,5 anos de operação normal. Isso pode ser devido à abundância de elementos estáticos na área de trabalho e nas interfaces do jogo.

O burn-in dos displays OLED é mostrado à esquerda, as alterações de brilho dos displays LCD são mostradas à direita.

Curiosamente, o efeito burn-in é mais pronunciado em telas OLED mais antigas, em particular nas TVs LG CX OLED e Sony A8H. Os autores do estudo também observam que muitas vezes os sinais de desgaste do painel são reversíveis se a TV for forçada a realizar um ciclo de compensação. Em geral, as TVs devem realizar esses ciclos sozinhas de vez em quando, mas nem todos os fabricantes possuem essa função funcionando corretamente e, portanto, um “reset” manual pode eliminar parcial ou totalmente o efeito burn-in.

Agora, especialistas do recurso RTINGS.com continuam testando.

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