A partir de 1º de julho, entrarão em vigor novas restrições ao fornecimento à China de 23 tipos de equipamentos do Japão, que podem ser usados para a produção de componentes semicondutores, além de diversos materiais. Os fabricantes chineses de displays, que controlam até metade do mercado global, já disseram que seus negócios serão minimamente afetados pelas próximas sanções.
Tais declarações, como explica o South China Morning Post, as empresas chinesas tiveram que fazer sob pressão de investidores que manifestaram preocupação com o possível impacto de novas sanções nos negócios de fabricantes chineses de painéis usados em uma ampla gama de dispositivos eletrônicos. A TCL Technology, em particular, é a segunda maior fabricante de TVs do mundo. A administração teve que tranquilizar os investidores anunciando um aumento na participação de componentes e materiais domésticos na cadeia de suprimentos, bem como a disposição de monitorar de perto as mudanças na situação e responder rapidamente a elas.
A maior fabricante de painéis de exibição da China, a BOE Technology, teve que declarar que o impacto de possíveis sanções do Japão em seus negócios é mínimo. Ao mesmo tempo, a administração considerou necessário ressaltar que a empresa redobrou seus esforços para estabilizar o fornecimento de componentes e buscar alternativas nacionais. A BOE tem de fornecer apoio financeiro aos fornecedores chineses em troca de garantias para desenvolver componentes e materiais que substituam os análogos importados.
Os fabricantes de monitores chineses como um todo controlam mais da metade do mercado global, mas dependem fortemente dos fornecedores japoneses para obter o equipamento necessário. Além da direção japonesa, as empresas chinesas precisam buscar uma alternativa aos equipamentos fornecidos pela Coreia do Sul, já que as autoridades americanas estão inclinando a liderança deste país a consolidar os esforços de sanções contra a China. No ano passado, equipamentos japoneses para várias operações na área de litografia representaram 28 a 59% das principais importações para a China. As sanções contra a China também não beneficiam os fabricantes japoneses, já que o mercado local é o maior para eles.
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