Segundo fontes japonesas, a Panasonic ainda assinou contrato com a fabricante chinesa TCL, segundo o qual vai confiar a esta última a produção de TVs de baixo custo sob sua própria marca. Para a Panasonic, a chinesa TCL começará a produzir TVs a partir do próximo ano. O fabricante japonês reduzirá ao mínimo sua própria produção de TVs.
Fonte da imagem: Tomoki Mera / Nikkei
A Panasonic tem poucas fábricas restantes no mundo, ao passo que, há relativamente pouco tempo, era uma das principais fabricantes de TV do mundo. A concorrência com empresas sul-coreanas e chinesas levou a perdas e forçou a reestruturação dos negócios. A Panasonic vem negociando a transferência da produção de TVs de baixo custo com a TCL desde a primavera deste ano. Tal contrato foi concedido recentemente, informou o Nikkei.
Segundo o acordo, a partir do próximo ano, a TCL produzirá a maior parte das TVs econômicas da Panasonic para mercados como o sudeste da Ásia e a Índia. Para reduzir significativamente os custos de produção, as duas empresas também pretendem colaborar na aquisição e desenvolvimento de painéis. A transferência da produção de TV para os chineses permitirá que a Panasonic feche duas de suas quatro fábricas restantes. Uma planta será fechada até o final deste ano (esta será uma planta no Brasil), e a segunda, na República Tcheca, será fechada até o final de março de 2022.
A Panasonic manterá suas fábricas na Malásia e em Taiwan. As fábricas no Japão, Vietnã e Índia foram fechadas um ano antes. A própria empresa continuará a produzir produtos de alto valor agregado, como modelos OLED, mas exclusivamente para o mercado japonês. Em geral, a terceirização ajudará a Panasonic a reduzir a produção de TVs de marca para 1 milhão de unidades por ano, ou até 5% do volume de produção de pico. Isso reduzirá custos e aguentará mais um pouco o negócio, até que a dura realidade o obrigue a abandoná-lo por completo, como aconteceu com outras marcas de televisão japonesas.