Após as críticas iniciais aos esforços da NVIDIA para adaptar os seus produtos às sanções em constante mudança dos EUA contra a China, o secretário do Comércio do primeiro país mudou ligeiramente a sua retórica. Ela deixa claro que as autoridades norte-americanas não se opõem ao fornecimento de aceleradores NVIDIA para a China, se não estivermos falando das soluções mais produtivas para o mercado comercial.

Fonte da imagem: NVIDIA

Novos esclarecimentos da secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, vieram das páginas do site da Reuters na véspera. Segundo o responsável norte-americano, a NVIDIA “pode e deve vender chips para acelerar a inteligência artificial à China, uma vez que a maior parte deles será destinada ao uso comercial”. O governo dos EUA quer simplesmente limitar o fornecimento dos chips de IA mais sofisticados e poderosos à China, o que poderia permitir ao lado chinês treinar os seus modelos de linguagem avançados. Recorde-se que a principal preocupação das autoridades norte-americanas é a possibilidade de o lado chinês utilizar aceleradores de origem americana para melhorar os seus sistemas de defesa.

Na semana passada, conforme explicou a Secretária de Comércio dos EUA, ela conversou com o CEO da NVIDIA, Jensen Huang, e ele deixou bem claro que a empresa não quer infringir as leis e está pronta para trabalhar de acordo com as regras propostas. Ao mesmo tempo, Raimondo enfatizou que a interação entre a NVIDIA e o Departamento de Comércio dos EUA continua e deve levar ao surgimento dos produtos e ações “certas”. “Obviamente, eles querem vender o máximo de chips possível”, explicou o responsável a posição da NVIDIA sobre esta questão.

Paralelamente, Gina Raimondo, na sua entrevista à Reuters, queixou-se da indecisão das autoridades chinesas quanto à compra de aviões Boeing 737 MAX para as necessidades das companhias aéreas nacionais. A pausa já dura quatro anos e as autoridades americanas estão dispostas a facilitar a retomada das compras do lado chinês. Ao longo do caminho, o ministro apelou aos legisladores americanos para desenvolverem um mecanismo para proteger os dados pessoais dos cidadãos do país contra fugas através de aplicações desenvolvidas no estrangeiro. Não há necessidade de proibir este último usando o exemplo do TikTok, como explicou o responsável, mas as autoridades devem ter ferramentas para proteger os interesses nacionais.

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