A Microsoft planeja criar uma equipe inteira para pesquisas relacionadas à automação de data centers e ao desenvolvimento de robôs para atendê-los. Segundo a Datacenter Dynamics, a empresa busca um gestor especializado em automação de hardware e especialista em robótica.

A descrição do cargo afirma que o novo gerente desempenhará um papel fundamental na definição do futuro das operações do data center. O candidato selecionado será responsável por gerenciar um ambiente no qual a inovação “prosperará”. Ao mesmo tempo, o trabalho da equipe terá que atender aos objetivos organizacionais mais amplos e aos padrões de qualidade da empresa, ao mesmo tempo que cumpre os prazos.

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A notícia chega um mês depois que uma interrupção do Microsoft Azure na Austrália foi atribuída em parte à má automação. Uma falha de energia levou a falhas de resfriamento. Como não havia pessoal suficiente no local para reinicializar os equipamentos, a automação desligou os servidores para protegê-los de superaquecimento. Se o sistema tivesse previsto a reinicialização dos módulos de refrigeração, isso poderia ter sido evitado. A Microsoft disse mais tarde que estava considerando otimizar a automação.

Espera-se que a próxima onda de automação e robótica seja liderada por hiperscaladores. Ao mesmo tempo, como observa o Google, apesar da semelhança dos data centers com armazéns, onde os robôs são usados ​​há muito tempo, o uso da robótica nas instalações de infraestrutura de TI é muito mais complexo do que em outras indústrias. A empresa já utiliza braços robóticos para ajudar a reciclar discos rígidos, mas acredita que adicionar máquinas a edifícios com pessoal tradicional pode aumentar o risco de lesões.

Desde 2019, a Meta✴ tem sua própria divisão, Site Engineering Robotics Team, para criar robótica projetada para automatizar e dimensionar diversas operações no data center. A julgar pelas vagas disponíveis, a equipa continua ativa e procura pessoas capazes de desenvolver a arquitetura de sistemas robóticos, incluindo manipuladores robóticos, e também prontas para liderar a integração de manipuladores em plataformas robóticas móveis. A empresa já experimentou um manipulador mecânico para reconexão de rede.

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A Amazon prefere não falar dos seus próprios projetos nesta área, mas há décadas investe no desenvolvimento de robôs para e-commerce e compra outras empresas nesta área. A empresa já implementou mais de 750 mil robôs em armazéns de varejo. No entanto, algumas evidências sugerem que os armazéns com robôs são mais perigosos para as pessoas do que aqueles onde a automação está praticamente ausente.

Cães-robôs merecem atenção especial – pelo menos Digital Realty, Novva, Oracle e Scala testaram seu uso para patrulhar data centers para vigilância por vídeo e coleta de dados usando sensores. Porém, outros formatos também estão sendo estudados – a japonesa NTT apresentou um torso móvel simples com braços, que já é usado em 15 data centers, e está trabalhando em outros modelos. Ao mesmo tempo, alguns planejam usar robôs apenas para monitoramento, enquanto outros pretendem substituir, pelo menos parcialmente, pessoal por eles.

Os robôs podem ser úteis em diferentes tipos de data centers, incluindo pequenos data centers para edge computing que não possuem funcionários permanentes. No futuro, a robótica provavelmente será usada ativamente em grandes instalações, onde os robôs e a automação substituirão completamente as pessoas. Porém, os data centers estarão sujeitos a críticas ainda maiores, uma vez que deixarão de criar empregos nas áreas onde serão construídos.

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