Atuando em consonância com os parceiros estrangeiros, as autoridades da UE não hesitam em propor suas próprias medidas para limitar a influência da China nas economias dos países ocidentais. Outro pacote de iniciativas legislativas propõe fortalecer o controle sobre as atividades das empresas europeias na China. Por tradição, os autores da iniciativa declaram que as medidas não são dirigidas a nenhum país em particular.
Conforme concebido pelos autores da iniciativa, conforme notado pelo Politico, prevê-se limitar a produção e atividades científicas de empresas europeias na China relacionadas com áreas críticas, nomeadamente supercomputadores, inteligência artificial e componentes avançados de semicondutores. Se o projeto de lei for aprovado, ele assumirá a forma de uma estratégia de segurança econômica europeia, explica a fonte. Os chefes dos países membros da União Européia vão discutir essa ideia no final deste mês na cúpula.
Ao mesmo tempo, a Comissária Europeia para a Concorrência, Margrethe Vestager, enfatiza que a China continua a ser o parceiro mais importante da UE em muitas áreas, incluindo questões ambientais e climáticas. Josep Borrell, chefe da diplomacia europeia, acrescentou que a UE não adere ao espírito de confronto com a China.
Conforme concebido pelas autoridades europeias, os investimentos serão controlados em três direções: quando empresas estrangeiras compram ativos valiosos na Europa, quando entregam produtos e tecnologias da UE a países não confiáveis e quando empresas europeias investem em ativos em países não confiáveis. A União Européia pode até ter órgãos especiais de supervisão com poderes apropriados. Eles poderão impedir, por exemplo, a transferência de indústrias importantes e tecnologias avançadas para países individuais.
Em termos tecnológicos, a filtragem dos investimentos será feita nas áreas de computação quântica, inteligência artificial e componentes semicondutores avançados. Alguns dos países da UE já expressaram sua preocupação com o potencial dessas restrições de afetar negativamente o clima de investimento na região. Representantes empresariais também expressaram preocupação com a discussão de tais medidas, considerando-as apropriadas apenas como último recurso. Se a iniciativa for formalizada na forma de projeto de lei, será submetida à discussão do Parlamento da UE até o final deste ano.