Em menos de um mês, novas restrições à exportação da RPC entrarão em vigor, o que impedirá que exportadores nacionais de gálio e germânio embarquem produtos para fora do país sem licenças especiais de órgãos governamentais. As autoridades europeias já expressaram sua preocupação com essas sanções e instaram seus parceiros chineses a usá-las com extrema cautela.
Segundo a Bloomberg, as autoridades europeias tentarão limitar o escopo das sanções às exportações chinesas. Em primeiro lugar, eles estão prontos para instar o lado chinês a agir em estrita conformidade com as regras da OMC, que determinam o escopo do comércio exterior. Em segundo lugar, eles insistem que as sanções da China devem ser aplicadas apenas a casos de exportação de gálio e germânio relacionados a ameaças óbvias e diretas à segurança nacional da China.
As autoridades europeias estão preocupadas com a grave dependência das empresas regionais do fornecimento de vários materiais da China, e o gálio e o germânio nesse sentido ainda não são os bens mais importantes. Por exemplo, para metais de terras raras, a União Européia depende de suprimentos da China em 85-100%, dependendo do intervalo. Para o magnésio, o grau de dependência chega a 97%, para o lítio – 79%, e o gálio, mencionado nas novas sanções, corresponde a 71% a esse respeito. O germânio não ameaça tanto a economia europeia, já que os suprimentos da China representam apenas 45% das importações locais.
Representantes do Ministério do Comércio chinês disseram que, por meio de canais oficiais, foi feito um aviso prévio sobre restrições iminentes em relação à Europa e aos Estados Unidos. Segundo a Bloomberg, os representantes diplomáticos da União Europeia em Pequim não tiveram mais do que algumas horas para se familiarizarem com o texto da nova iniciativa das autoridades chinesas antes de esta ser tornada pública. Autoridades europeias temem que as autoridades holandesas estejam sob pressão da China, já que recentemente decidiram limitar a gama de equipamentos fornecidos ao Reino do Meio para a produção de chips. Segundo as autoridades europeias, a situação pode ser usada pelas contrapartes chinesas para fortalecer as sanções.
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