A Microsoft, seguindo AWS e Google Cloud, anunciou a abolição das “multas” por deixar o serviço de nuvem Azure, relata o The Register. A Microsoft diz que apoia a escolha do cliente, seja ela qual for, por isso agora a empresa garante uma recusa gratuita de utilização dos serviços Azure com dados descarregados da nuvem da Microsoft ao mudar para outro fornecedor ou transferi-los para os seus próprios servidores.

Vale ressaltar que essa fidelidade na escolha de deixar os clientes se deve muito provavelmente à Lei Europeia de Dados, que facilita a movimentação dos clientes entre concorrentes. As novas regras deverão entrar em vigor em setembro de 2025. Casos de tais “multas” estão agora a ser estudados de perto pela Autoridade Britânica de Concorrência e Mercados (CMA). Existe também a opinião de que as novas regras podem estar relacionadas não só e não tanto com a UE e o Reino Unido, mas com alguns requisitos dos Estados Unidos, especialmente quando se trata de cooperação com departamentos militares.

Fonte da imagem: Daniel Lincoln/unsplash.com

O primeiro que se apressou em demonstrar sua prontidão para atender clientes e leis no meio do caminho foi o Google – a empresa ofereceu a oportunidade de sair “gratuitamente” da nuvem em janeiro, porém, apenas para clientes que recusassem uma conta no Google Cloud Platform. A AWS fez anúncio semelhante na semana passada, enfatizando que não impõe tais condições. Mas a Microsoft faz isso. Para sair do Azure, você precisará cancelar todas as assinaturas associadas à sua conta após a migração dos dados.

Segundo especialistas, tais anúncios contêm mais marketing para novos clientes ou alguns clientes governamentais do que benefícios reais para os usuários atuais, já que apenas uma pequena parcela do público sai completamente da nuvem. Nos casos em que os dados são baixados para backup ou outros fins, ainda é cobrada uma taxa de download. Na verdade, é possível uma situação em que o desejo de utilizar um novo serviço de outro fornecedor conduz à transferência para ele de uma parte significativa (mas não toda) da carga ou à recusa de mudança.

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