Make Sunsets anunciou que lançou balões meteorológicos com reservas de dióxido de enxofre do México. Os balões entregaram pó de SO₂ na estratosfera e presumivelmente o pulverizaram lá. Esta é uma imitação direta da atividade vulcânica, que teoricamente poderia reduzir a quantidade de luz solar que atinge a Terra e ajudar a resfriá-la. Mas não há embasamento científico por trás das ações da empresa, o que levanta dúvidas.
O fundador e chefe da Make Sunsets, Luke Iseman, admitiu que a campanha de pulverização de dióxido de enxofre foi realizada mais para fins de provocação do que como um experimento científico. Com essas ações, a empresa pretende mobilizar a sociedade e fazer com que se fale mais alto sobre o problema do aquecimento global e as questões de controle climático. Segundo ele, seria imoral não realizar tal ação.
A comunidade científica recebeu o anúncio de Make Sunsets com hostilidade. Esta empresa não tem treinamento para tais experimentos e pode fazer mais mal do que bem. Por exemplo, é garantido que o dióxido de enxofre caia no solo na forma de chuva ácida. No entanto, não havia equipamento de fixação e nenhum instrumento a bordo dos balões, portanto houve liberação de dióxido de enxofre na atmosfera ou não – ninguém pode confirmar isso. A empresa promete lançar bolas com aparelhos em outra oportunidade.
A Make Sunsets promete não parar e convida todos os que não são indiferentes ao problema das alterações climáticas a adquirirem serviços – “créditos de arrefecimento”. Isso permitirá, no futuro, receber receitas das atividades da empresa. Outra coisa é que é improvável que uma startup desconhecida tenha permissão para trabalhar de forma independente neste mercado. Os impostos climáticos trazem anualmente centenas de bilhões de dólares em lucros nos países desenvolvidos e não é tão fácil cair nessa corrente.
Um problema muito mais sério surge no caso da China. Na China, em 2020, foi adotado um programa estadual para gerenciar a precipitação. Com isso, como se viu, drones com “armas de choque” a bordo fazem um bom trabalho. Ao contrário de uma start-up desconhecida por todos, a China é capaz de operações em escala tão grande que pode causar um sério desequilíbrio no movimento das massas de ar. E a China não é a única tentando resolver problemas com controle climático. Segundo a Organização Meteorológica Mundial, mais de 50 países começaram a implementar programas de controle climático em 2017.
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