De acordo com a Associated Press, o presidente Joe Biden ordenou na segunda-feira uma ação de emergência para aumentar o fornecimento de commodities importantes para os produtores de energia solar dos EUA. Em primeiro lugar, são painéis solares, que são importados em massa da China e de outros países do Sudeste Asiático. O item mais importante da lista de medidas emergenciais foi a retirada das tarifas dos painéis solares por um período de dois anos.
O atual presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, teve que tomar uma decisão difícil. Por um lado, é importante que os Estados Unidos impeçam o financiamento de fabricantes chineses, especialmente aqueles que estão de alguma forma ligados às autoridades chinesas. Por outro lado, é necessário apoiar o desenvolvimento do setor de energia renovável nos Estados Unidos.
Atualmente, não é rentável produzir painéis solares nos EUA. Por exemplo, a japonesa Panasonic fechou o negócio correspondente em 2020 e não está sozinha. É difícil para os moradores também. Tarifas de proteção sobre painéis solares da China e de outros países do Sudeste Asiático poderiam ajudar em parte a estimular o estabelecimento da produção de painéis solares nos Estados Unidos, mas manter o custo dos painéis dentro de limites razoáveis era e continua sendo quase irreal.
Nesta primavera, o Departamento de Comércio dos EUA lançou uma investigação sobre fornecedores de painéis solares da Tailândia, Vietnã, Malásia e Camboja. Havia suspeitas de que esses países estivessem vendendo painéis fabricados na China sob o pretexto de seus próprios produtos. Os painéis chineses estão sujeitos a taxas de até 200% nos EUA, e provavelmente há muito poucos ou nenhum outro painel no mercado. Assim, os projetos de implantação de usinas solares nos Estados Unidos ficaram sob a ameaça de congelamento: os painéis não podem ser obtidos da China, e os países vizinhos podem ter começado a revender esses produtos da China, que as autoridades americanas estão tentando combater.
O governo Biden considerou a situação atual como uma ameaça à segurança nacional. Na segunda-feira, Biden aproveitou uma ferramenta rara: a Lei de Produção de Defesa. Esta Lei é utilizada em situações críticas para superar esta ou aquela crise (regulação manual, superação de entraves burocráticos, etc.). Recentemente, por exemplo, Biden usou a Lei para trazer fórmula infantil de emergência para os EUA e, no início da primavera, usou a ferramenta para obter acesso a fontes de lítio.
O presidente dos EUA usou o direito de usar a Lei de Produção de Defesa para remover tarifas sobre a importação de painéis solares para os EUA da Tailândia, Vietnã, Malásia e Camboja. Isso retardará a investigação do Departamento de Comércio dos EUA ou até mesmo a interromperá por este período. De fato, as autoridades dos EUA decidiram fechar os olhos para a possível fonte de origem dos painéis solares – a China – e possibilitaram continuar desenvolvendo a energia solar no país sem um golpe forte nos bolsos dos produtores e consumidores locais.
É interessante que na Europa eles planejem seguir um caminho diferente. Uma das medidas para o desenvolvimento da energia solar na UE passa por um aumento significativo dos direitos sobre os painéis solares importados, o que pode ajudar no desenvolvimento da produção local destes componentes.
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