Dois dias atrás, a Siemens Energy AG anunciou literalmente uma catástrofe. A auditoria mostrou “um aumento significativo na taxa de falhas dos componentes das turbinas eólicas”. Até 30% dos aerogeradores da empresa já implantados ao redor do mundo podem se casar, ou seja, até 30 GW de capacidade instalada, o que equivale à operação de 30 usinas nucleares. Este é um golpe inimaginável para todo o setor de energia eólica e energia renovável.
Segundo a Reuters, o problema afeta entre 15% e 30% das turbinas fabricadas pela Siemens Gamesa Renewable Energy SA, subsidiária da Siemens Energy AG. Basicamente, são defeitos em rolamentos e lâminas – desde a destruição completa até as rachaduras. Serão necessários pelo menos US$ 1,1 bilhão para eliminar os defeitos.A ameaça de tal buraco afetou imediatamente as ações da Siemens Energy, que caíram 37% ontem. A falha levou a uma queda nas ações dos fabricantes europeus de turbinas eólicas – Nordex e Vestas, que eram clientes da Siemens Gamesa.
Esclarece-se que o problema afetou principalmente as turbinas eólicas terrestres. Mas pode acontecer que as mãos simplesmente não tenham alcançado as marinhas, pois são mais difíceis de inspecionar. Além disso, a destruição de turbinas eólicas é muito mais perigosa em terra, pois ameaça a vida e a saúde das pessoas.
Hoje, mais de 132 GW de turbinas eólicas com componentes da Siemens Gamesa estão instalados em todo o mundo. Isso equivale à operação de 132 usinas nucleares. Perder até um terço deste parque, e talvez até mais, será muito, muito decepcionante.
O CEO da Siemens Gamesa, Jochen Eickholt, disse aos repórteres: “O resultado desta análise acabou sendo muito pior do que eu poderia imaginar. As questões de qualidade vão muito além do que se sabe até agora, principalmente em terra. Estamos trabalhando neste tópico, mas leva muito tempo e custos. Embora isso deva ser claro para todos, gostaria de reiterar o quanto isso é agridoce para todos nós”.